10 de novembro de 2010

Uma forma rudimentar de fazer geoprocessamento

Com experiência de quinze anos no assunto, Paulo Roberto Fitz avalia os rumos do geoprocessamento no Brasil e a postura dos geógrafos na área Paulo Roberto Fitz.

Paulo Roberto Fitz Grosso modo, eu trabalho com geoprocessamento há 15 anos e nesse período é muito notável um avanço principalmente na parte de hardware e software. Naquela época não existia nada, eram pouquíssimos programas, e hoje temos uma infinidade, tanto de programas pagos quanto livres. Sem falar na facilidade maior dos próprios softwares, que hoje têm uma interatividade maior com o usuário. Antigamente as coisas eram mais difíceis.

Esses tipos de aplicações da tecnologia do geoprocessamento há dez anos eram sonho, pois tecnologicamente não era possível, a gente só imaginava. E está cada vez está crescendo mais.

Paulo Roberto Fitz Quando eu era estudante de geografia, lá na década de 1980, por ter começado antes fazendo engenharia e depois ir fazer geografia, eu via na geografia a possibilidade de trabalhar algumas coisas mais interessantes em termos de aplicabilidade prática. E já se fazia alguma coisa desse tipo, como sobreposição de mapas, de transparências, fotointerpretação. Nada mais é que uma forma rudimentar de fazer geoprocessamento. Essas coisas todas eram trabalhadas em geografia e, a partir disso, se fazia análises, mas não existia a tecnologia, era tudo na base da caneta.

1. Introdução


É sabido que os mapas temáticos servem de instrumento para todas as ciências que necessitam da informação imediata transformada em “imagem instantânea”. Esta imagem é uma representação gráfica e uma linguagem de comunicação visual, que tem como vantagem oferecer uma leitura imediata de uma área de interesse para transmitir uma mensagem a ser comunicada e interpretada. Contudo, para a elaboração de mapas temáticos a cartografia utiliza mapas de base em diferentes ou de mesma escala, tabela de dados e um embasamento teórico.

Em termos de aplicabilidade prática para sala de aula, podemos fazer a sobreposição de mapas em transparências, que é uma forma rudimentar de fazer geoprocessamento. Assim sendo, nos possibilita a refletir sobre a evolução da disparidade a partir da arte e da história, estimula a criatividade dos participantes através do desenho que é entendido como meio essencial de gerar e comunicar ideias.

A proposta desse trabalho é criar camadas em transparências para serem usadas para criar mapas compostos alternativo, expandir o lado criativo duma maneira interessada, efusiva e entusiástica, desenvolver a capacidade critica de análise e conduzir a uma maior compreensão da realidade plural que nos envolve e que é indispensável para formação cidadã.

2. Objetivo geral

Preparar o aluno para compreender a organização espacial da sociedade, que exige o conhecimento de técnicas e instrumentos necessários à representação gráfica dessa organização.

3. Objetivos específicos

1. Construir croquis e mapas temáticos a partir de questões atuais;

2. Identificar nos croquis, mapas, cartas e plantas e os elementos que compõem os mapas temáticos (escala, legenda, título, fonte, autor);

3. Interpretar croquis e mapas temáticos tendo por base os mapas: da mídia, dos Atlas, cartas topográficas, plantas, guias de rua e das novas propostas curriculares;

4. Sobrepor mapas de mesma escala, dos arredores, bairro, cidade, estado, país, continentes regiões; selecionar áreas comuns e proceder à observação, leitura e interpretação dos dados representados, do ponto de vista da Cartografia e da Geografia;

5. Analisar croquis e mapas, partindo de questões presentes no espaço vivido, tendo por base mapas mudos, textos disponíveis em jornais, revistas, livro didático, utilizando ferramentas disponíveis: computador, lápis de cor, borracha, régua, canetinhas, tesoura, cola, retroprojetor, que permitam a todos os envolvidos fazer uma leitura instantânea e imediata da informação geográfica e com maior rapidez;

6. Promover a aplicabilidade prática da cartografia com base nas teorias Cartográficas.

4. Materiais: (para 30 participantes).

Figura 1 – Materiais utilizados nos desenhos dos Mapas.

                                       Fonte: Santos, (2010).

-30 folhas de acetato para retroprojetor.

-30 canetas pretas para retroprojetor com cores diferentes.
- Caixas de lápis de cor.
-1 rolo de fita crepe.

5. Material de apoio:

Retroprojetor
30 mesas individuais ou 5 mesas coletivas.

6. Desenvolvimento

1 – Escolhe-se os Mapas base que serão desenhados nas folhas de transparências
 
 
                                             Figura 5 – Mapa Grupo Lingüístico da África

                     Fonte: http://linguaportuguesabyrogeriomarques.blogspot.com/2008_11_01_archive.html



                                                        Figura 3 – Mapa Climático da África
                                                        Fonte: http://www.tudook.com/guiadoensino/africa.html

2 – Desenham-se os mapas de interesse na folha transparente.

Figura 6 – Desenhando os traçados dos mapas na transparência com caneta para retroprojetor.

         Fonte: Santos, (2010).

Figura 7 – Contornos principais dos Mapas traçados com a caneta para retroprojetor.

                Fonte: Santos, (2010).


                       Figura 8 – Sobreposição dos Mapas traçados com a caneta para retroprojetor.

                       Fonte: Santos, (2010).


Figura 9 – Sobreposição dos Mapas traçados com a caneta para retroprojetor com as imagens dos mapas

Fonte: Santos, (2010).


4 – Desenvolvimento da critica e de análise, conduzindo a uma maior compreensão da realidade.
Referências Bibliográficas

ALMEIDA, RD. Cartografia Escolar (Org.). São Paulo: contexto 2007.
PASSINI, EY. Prática de ensino de geografia e estágio supervisionado.
SIMIELLI, ME. Primeiros Mapas: como entender e construir: Ática, 1995. 4 v.

Site visitadohttp://clubegeo.blogspot.com/2010/08/entrevista-geografia-esta-na-moda.html Acessado em 08/11/2010

Um comentário:

  1. Gostei muito do seu blog, muita informação interessante, fiz um post linkando seu post sobre geoprocessamento rudimentar.

    Ótimo trabalho!

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Representações Cartográficas

Globo - representação esférica, em escala pequena, dos aspectos naturais e artificiais de uma figura planetária, com finalidade ilustrativa.

Mapa - representação plana, em escala pequena, delimitada por acidentes naturais ou políticos-administrativos, destinada a fins temáticos e culturais.

Cartas - representação plana, em escala média ou grande, com desdobramento em folhas articuladas sistematicamente, com limites de folhas constituídos por linhas convencionais, destinada a avaliação de distância e posições detalhadas.

Planta - tipo particular de carta, com área muito limitada e escala grande, com número de detalhes consequentemente maior.

Mosaiso - conjunto de fotos de determinada área, montadas técnica e artisticamente, como se o todo formasse uma só fotografia. Classifica-se como controlado, obtido apartir de fotografia aéreas submetidas a processos em que a imagem resultante corresponde à imagem tonada na foto, não controlado, preparado com o ajuste de detalhes de fotografia adjacentes, sem controle de termo ou correção de fotografia, sem preocupação com a precisão, ou ainda semicontrolado, montado combinando-se as duas características descritas.

Fotocarta - Mosaico controlado, com tratamento cartográfico.

Ortofotocarta - fotografia resultante da transformação de uma foto original, que é um perspectiva central do terreno, em uma projeção ortogonal sobre um plano.

Ortofotomapa - conjunto de várias ortofotocartas adjacentes de uma determinada região.

Fotoíndice - montagem por superposição das fotografias, geralmente em escala reduzida. É a primeira imagem cartográfica da região. É o insumo necessário para controle de qualidade de aerolevantamentos utilizados na produção de cartas de método fotogramétrico.

Carta Imagem - imagem referênciada a partir de pontos identificáveis com coordenadas conhecidas, superposta por reticulado da projeção

Revista Geografia, Conhecimento Prático, n 23, p 54. ed. Escala