ESPACIALIZAÇÃO DA CRIMINALIDADE NO CENTRO HISTÓRICO DE BELÉM:
o uso do geoprocessamento para a definição de diretrizes de intervenção.
Este trabalho propõe estudar o fenômeno da criminalidade no Centro Histórico de Belém que atualmente é visto como um espaço hostil e degradado, estimulando assim o abandono por habitantes e usuários da área central. O estudo sociológico do crime vem elucidar as origens e abordagens de estudiosos sobre o tema, passando pela Escola de Chicago até os dias atuais, com perspectivas de prevenção aplicadas ao desenho urbano. O uso de um Sistema de Informações Geográficas (SIG) como ferramenta de gestão e monitoramento da organização territorial, auxilia políticas de prevenção do crime e de preservação e manutenção do espaço físico. A Tecnologia da Informação (TI) mesclada com ferramentas de geoprocessamento cria possibilidades de fazer diagnósticos com precisão de áreas críticas através do mapeamento da criminalidade, possibilitando intervenções pontuais menos dispendiosas e racionalizando os recursos de segurança pública. Estabelecer uma metodologia de análise criminal utilizando SIG possibilita intervir antecipadamente, garantindo a ordem e controle social do espaço urbano.
Palavras-chave: SIG. Criminalidade. Sociologia. Análise criminal. CPTED. Centro histórico. Prevenção. Belém.
CRIMINALIDADE NA ÁREA CENTRAL DE BELÉM
Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado do Pará, o bairro da Campina, onde se situa a zona comercial do Centro Histórico de Belém (CHB), entre os dezoito bairros da Primeira Légua Patrimonial, se destaca em 1º lugar, com as mais altas taxas de criminalidade (tabela 14), e em números absolutos, na tabela 15, recebe o 3º lugar, em relação a ocorrência de furtos, ressalta-se que a elevada taxa de criminalidade no bairro da Campina decorre não somente de sua reduzida população, como também de elevados números absolutos de ocorrência delituosas. Isso destaca a importância de se estudar o fenômeno da criminalidade no centro da cidade, objeto de estudo deste trabalho.
A figura 69 mostra a taxa de furto geral no CHB com os respectivos hot spots, destacados com linhas em azul. No bairro da Campina destaca-se o eixo da Av. Presidente Vargas, a área do comércio, as Praça Felipe Patroni e da Bandeira, a Trav. Pe. Eutíquio com a Av. Tamandaré e com a Rua Senador Manoel Barata e no bairro da Cidade Velha, a Praça do Relógio e o mercado do Porto do Sal, próximo ao Beco do Carmo. Em geral o furto possui uma distribuição espacial aglomerada e predominante em áreas de comércio e serviços.
A figura 70 mostra a distribuição espacial do furto nas faixas de horas. No período diurno, nota-se um padrão aglomerado no comércio e na Av. Presidente Vargas e na esquina do shopping Pátio Belém, na Trav. Pe. Eutíquio. No período noturno observa-se o mercado do Porto do Sal e alguns focos no Ver-O-Peso no período de 00-06 horas, e no período 18-24 horas, a esquina do shopping e a esquina da Praça da República próxima ao Bar do Parque.
A ocorrência dos delitos homicídio, latrocínio e estupro foram mapeados com a técnica tradicional de mapa de pontos em conseqüência da quantidade de delitos registrados. Isso devido a pequena abrangência espacial do CHB. Mesmo com essas considerações, as ocorrências desses delitos violentos se concentraram também em áreas problemáticas, como mostra a figura 75.
Este estudo tem como objetivo geral a análise dos padrões de ocorrências criminais no Centro Histórico de Belém (CHB) e a proposta de diretrizes urbanísticas para coibi-las ou reduzi-las. Como objetivos específicos, o mesmo propõe a criação de um Sistema de Informações Geográficas (SIG) do CHB que possibilite a integração e o correlacionamento de dados, o relacionamento das ocorrências criminais com a organização territorial do CHB e a definição de diretrizes urbanísticas espacializadas nas áreas diagnosticadas como problemáticas para a redução de criminalidade nas mesmas.
Este Trabalho e do meu grande amigo Luis Guimarães ( luishrg@gmail.com ) que nos apresenta a pontecealidade do uso da GEOTECNOLOGIA nas diversar áreas, como a Segurança Pública. Contudo, é triste saber que trabalho execepcionais como este não são utilizados pelas Instituições de Segurança Pública para o estabeleciemnto de diretrizes de segurança. Fica a dica deste trabalho e o grande profissional que o elaborou.
Trabalho final de graduação apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade da Amazônia como requisito para a obtenção do título de bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Orientador: Prof. Dr. Marco Aurélio Arbage Lobo.
Foi trabalho de conclusão de curso ou disertação de mestrado? Parece ser um ótimo trabalho. Gostaria de ler por completo.
ResponderExcluirCaro Amigo Jarbas na postagem está o email do Luis, entre em contato com ele. Concerteza ele terá o praze e fornecer este trabalho na sua intregar. obrigado por nos visitar! volte sempre!
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