8 de julho de 2011

MODELO NUMÉRICO DE TERRENO (MNT) OU MODELO DIGITAL DE TERRENO (MDT)

Uma das modelagens mais utilizadas em geotecnologias diz respeito à elaboração de MNT’s ou MDT’s, ou seja, respectivamente, Modelo Numérico do Terreno ou Modelo Digital de Terreno. Tais nomenclaturas obedecem à idéia de que esse tipo de modelagem procura representar digitalmente o comportamento da superfície do planeta.

Atualmente, porém, essa visão tornou-se um pouco mais abrangente, podendo esse modelo ser considerado como representação digital da variação contínua de qualquer fenômeno geográfico que ocorre na superfície ou mesmo na atmosfera terrestre. Para isso, entretanto, são necessários a aquisição e o processamento de uma grande quantidade de dados, o que poderá gerar algum transtorno.

Representação de MNT’s (Modelo Numérico do Terreno).

Em termos gerais, pode-se afirma que os Modelos Numéricos do Terreno podem ser representados matematicamente por meio de pontos e linhas (no plano) ou grades de pontos e polígonos (para superfícies tridimensionais). Esses modelos proporcionam, portanto, a possibilidade de construção de uma superfície tridimensional a partir de atributos de dados dispostos no sistema.


Figura 1 - Imagem, curvas de níveis (isoípas) de uma área com valores altimétricos (cotas).

No trabalho com o formato matricial, tem-se que cada pixel de uma imagem possui um conjunto de três coordenadas: duas de posição (x e y) atributo, a coordenada z. Estas, por exemplo, podem corresponder respectivamente às coordenadas de longitudes, latitudes e altitude.

Dentro do ambiente vetorial a representação é dada por linhas com valores constantes, as chamadas isolinhas. A quantidade de isolinhas moldará o modelo e quanto maior o valor, tanto maior será o detalhamento e precisão do modelo.

Para a geração de um Modelo Numérico do Terreno (MNT), em geral, deve-se:

  • Realizar um levantamento dos dados disponíveis e procurar caracterizá-lo espacialmente. Normalmente, trabalha-se com dados pontuais (altitudes do terreno, temperatura, pluviosidade de estações metrológicas etc.) ou com isolinhas, isotermas, isóbaras, isoípsas etc.
  • Introduzir os dados no sistemas (digitalização/vetorização);
  • Traçar as representações isolinhas a partir dos dados pontais (dispostos em tabelas, desde que o georeferrenciamento, ou mesmo em mapas);
  • Estabelecer os parâmetros de interpolação dos posntos;
  • Aplicar o módulo de respectivos softwares para a geração do modelo.
Alguns softwares trabalham diretamente com pontos georeferrenciados. Cada ponto plotados no mapa terá um coordenada (x,y) específicas e um valor (z) conhecido. No caso das isolinhas, cada curva terá uma infinidade desses pontos.

É importante recordar que as isolinhas são construções com base em distribuições pontuais, com o auxilio de interpoladores, conforme será visto a seguir.

Os Modelo Numérico do Terreno (MNT) são utilizados para trabalhos com bacias hidrográficas, cálculos de declividades, estabelecimento de perfil topográficos, elaboração de mapas de orientações de vertentes, confecções de zoneamentos climáticos e outras soluções que utilizam dados pontuais.

As figuras 2 ilustram a geração de um modelo tridimensional a partir de isolinhas e suas derivação para MNT.

Figura 2 - Representação tridimensional do MNT da Figura 1.
 
Bibliografia
FITZ, P.R. Geoprocessamento sem complicação. São Paulo: Oficina do Texto, 2008.

7 de julho de 2011

A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DE OCORRÊNCIAS DE INCÊNDIO


A análise de estatísticas de incêndio em prol da segurança pública é um processo sistemático de produção de conhecimento, realizado a partir do estabelecimento de correlações entre fatos ocorridos (constantes de boletins de ocorrências bombeiro militares) e padrões e tendências de ocorrências num determinado tempo e lugar.

É de entendimento intuitivo a necessidade, da parte do Estado, do conhecimento advindo da análise de estatísticas das ocorrências de incêndios. Através delas, a segurança pública pode gerir eficaz e eficientemente seus recursos, com o propósito de controlar, e o fim último de neutralizar, manifestações deste tipo de ocorrência.

Na análise de estatísticas de incêndio pode-se utilizar as funções estatísticas de análise de dispersão de dados de destas ocorrências. Os produtos da análise de incêndio também servem o propósito de apoiar as áreas estratégica, tática e administrativa das organizações de segurança pública, orientando o planejamento e emprego de recursos humanos e materiais no sentido da prevenção e repressão do fenômeno de incêndio. Os produtos da análise contribuem, de maneira específica, para as atividades de investigação, esclarecimento de fatos e gestão das organizações bombeiros militar no suporte de suas atividades.

Figura 1 - Mapa de vulnerabilidade para incêndio por bairros do Centro de Belém.


Os produtos da análise de estatísticas de incêndios, de maneira geral, constituem as bases sobre as quais se podem realizar a gestão destas ocorrências. A análise de ocorrências de incêndio inclui a identificação de parâmetros temporais e geográficos das ocorrências, proporcionando indicações que poderão contribuir para seu esclarecimento, incluindo a identificação de áreas de risco.

Figura 2 - Mapa de densidade de incêndio em Belém (2008) e cobertura de Hidrantes.


Através dos dados referentes às unidades bombeiro Militares e ocorrências de incêndios por bairros (2008) e localização dos hidrantes, obtidas pelo Comando Operacional do CBM-PA, gerou-se mapas de cobertura dos hidrantes operacionais e densidade de incêndio por bairros e cobertura de hidrantes, que dão exemplos de uma visão diferenciada da situação, que nos proporciona conhecer melhor uma região para futuras tomadas de decisões e ainda servir como uma alternativa de alto valor para o tratamento das informações das ocorrências de incêndio, salvamento e etc...


 
Fonte de dados
Base vetorial da Companhia de Habitação do Estado do Pará com metadados de elipsóide SAD69, projeção UTM, datum SAD69 zona 22 sul, e sistema de coordenadas métricas e a o planilha de dados de incêndios fornecidos pela Divisão de Controle e Estatística do CBM-PA. Imagem colorida “falsa cor”, obtida a partir das imagens Landsat TM-5, 14/08/2008, Imagem Landsat, Composição: R5, G4 e B4 2008.

Bibliográficas
FLOREZANO, Teresa Iniciação em Sensoriamento Remoto – São Paulo: Oficina do Texto, 2007.
FITZ, P.R. Geoprocessamento sem complicação. São Paulo: Oficina do Texto, 2008.

5 de julho de 2011

INCÊNDIO POR BAIRRO DE BELÉM EM 2008 - (Estimador de intensidade KERNEL)

Mapa de Kernel por área com contagem ou taxas agregadas.


Figura 1 -  Mapa de Kernel dos incêndio por Bairros em Belém (2008).
Fonte: Corpo de Bombeiros Militar - 2011 - Telemática.

Mapa de Kernel por área com contagem ou taxas agregadas se referem a dados agregados, normalmente uma contagem. Todos os temas que possuem dados de área poderão ser escolhidos como Tema. Um exemplo seria escolher o tema Bairros e usar a coluna incêndio por bairros em 2008, como atributo da tabela Bairros.

Caso execute um Mapa de Kernel por Bairros sem nenhum atributo, será criada uma matriz de proximidades: Análise > Matriz de Proximidade > Criar Matriz de proximidade...., que criará ao final da operação uma matriz que diz, para cada objeto, quais, dentre os outros objetos, são considerados seus próximos.

Figura  2 - Interface de criação da Matriz de Proximidade.

Nessa interface faça:

1. Escolha o Tema que contém os dados. Nesse caso o tema Bairros (Quantitativo de incêndio por Bairro) de Belém;

2. No quadro Estratégia de Construção deve ser escolhida uma dentre as estratégias disponíveis para decidir como os objetos estão próximos entre si. As possibilidades são:

a. Contiguidade: um objeto está próximo apenas daqueles com os quais compartilha uma fronteira. Essa característica é fortemente dependente da geometria dos objetos e, portanto deve-se garantir que a geometria dos objetos do Tema onde será executada a análise esteja correta, sem falhas de digitalização ou construção.
b. Distância: um objeto está próximo de outro caso os centróides de suas áreas estejam a uma distância d especificada pelo usuário no campo Distância (habilitado quando essa estratégia é escolhida);
c. Vizinhos mais próximos: um objeto está próximo apenas dos n vizinhos mais próximos (considerando seus centróides) e onde n é indicado pelo usuário no campo Número de vizinhos (habilitado quando essa estratégia é escolhida);

Nesse caso escolha a estratégia de Contiguidade;

3. No quadro Peso permite que sejam atribuídos pesos às proximidades encontradas. As possibilidades são:

a. Sem peso: todos os objetos estão próximos com o mesmo peso;
b. Distância Inversa;
c. Distância Inversa ao Quadrado.

4. A opção Salvar arquivo de saída permite que a matriz de proximidade calculada no TerraView seja salva em arquivos texto, para intercâmbio com outros softwares de análise espacial. Nesse caso, devem ser preenchidas as indicações do formato, localização e nome do arquivo;

5. Clique em Executar.

A matriz é construída e armazenada no banco de dados, associada a esse Tema.

Através do menu Análise > Matriz de Proximidade... > Selecionar Matriz de Proximidade... temos acesso à interface mostrada na figura abaixo, que permite manipular as matrizes de proximidade geradas para um determinado Tema.
Figura 3 – Interface de seleção de Matriz de Proximidade.

Para a análise espaciais utilizou-se uma estimador de intensidade de Kernel, cujos parâmetros básicos são: (a) um raio de influencia (r ≥ 0) que define a vizinhança do ponto a ser interpolado e controla o “alisamento” da superfície gerada;
(b) uma função de estimação com propriedades de suavização do fenômeno.

No menu Análise escolha a opção Mapa de Kernel.

Figura 4 – Interface de seleção de Mapa Kernel.
A tela baixo aparecerá e nela devem ser definidos os parâmetros para fazer o Mapa de Kernel.

1. No campo Região de Suporte escolha a opção Grade sobre os Eventos.

Esta opção criará um retângulo envolvendo todos os pontos do tema selecionado, este retângulo pode ultrapassar o limite da sua região de estudo.

Com a opção Grade sobre a Região, se a região escolhida possuir apenas um polígono, por exemplo o tema Limite, será criada uma grade que não ultrapassa o limite desta região. Caso a região escolhida possua mais de um polígono, como é o caso do tema Bairros, será criado um retângulo que envolva todos os polígonos de uma só vez.

A opção Sem grade considera como grade os próprios polígonos do tema escolhido. Esta opção associa ao tema uma legenda semelhante à criada nos mapas temáticos.

2. No campo Opções da Grade a opção Números de Colunas define a suavização do mapa. O valor padrão de 50 produz bons resultados.

3. No campo Nome do Plano defina o nome da nova camada onde serão guardadas as informações do Mapa de Kernel (Incêndio 2008).

4. No campo Eventos escolha a opção Área e selecione o tema Incêndio 2008 no campo Tema.

5. Nos campos reservados ao Algoritmo, não é necessário fazer modificações. A Função e o Cálculo definidos como padrão pelo programa são os tradicionalmente utilizados.

6. Com a opção Adaptativo selecionada, o raio é calculado automaticamente.

7. Clique em Executar.

Figura 5 – Interface do TerraView.


Com esse estimador calculou-se a intensidade de um evento por área da ocorrências de incêndio em 2008 por Bairros. Nesse trabalho definiu-se como área de influência de 50, 100, 150 e 200 de raio como área de interesse.

Figura 6 – Mapa de Kernel com raio de interesse de 50, 100, 150 e 200.

A determinação desse raio merece cuidado, uma vez que, quando muito amplo, resulta em uma superfície excessivamente suavizada e, quando muito pequeno, gera uma superfície demasiadamente fracionada. A superfície interpolada mostra um padrão de distribuição com uma forte concentração no centro da cidade e decrescendo em direção aos bairros mais afastados.
Bibliografia
Apostila do professor Magno Roberto Alves Macedo
Instituto de Desenvolvimento econômico, Social e Ambiental do Pará –IDESP; Rua Municipalidade, 1461, Umarizal – 66050 - 350, Belém-PA (magno.macedo@idesp.pa.gov.br).

1 de julho de 2011

USO DO PROGRAMA GOOGLE EARTH NA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO GEOGRÁFICO: um recurso didático para as aulas de geografia.


Trabalho adaptado da Revista Conhecimento Prático GEOGRAFIA. Edção 37.
Por: Leonardo Sousa, Marlison Lopes e Diego

1. Introdução

A Internet surgiu a partir de projetos e pesquisas militares nos períodos áureos da Guerra Fria, pelo departamento de defesa dos Estados Unidos. No Brasil, surgiu em 1988 e ligavam universidades do Brasil a instituições nos Estados Unidos. ALTERNEX, o primeiro serviço brasileiro de Internet não-acadêmica e não-governamental. E só em 1992 foi aberto ao público. Atualmente, uma das formas de comunicação na Internet mais utilizadas pela comunidade escolar é a pesquisa orientada pelo professor, o estudo de softwares e o correio eletrônico, o qual pode ser usado para solucionar dúvidas, fornecer orientações adicionais, etc. São inúmeras possibilidades de ações educativas que poderão ser desenvolvidas através dos mecanismos de busca. Porém, o livro didático continua como um referencial pedagógico ainda bastante usado no processo ensino-aprendizagem (Cavalcante & Biesek, 2009).

Este trabalho intitulado “o uso do programa Google Earth na produção do conhecimento Geográfico: um recurso didático para as aulas de geografia tem a finalidade de divulgar a aplicação do software gratuito Google Earth, através de imagens de satélite, mapas terrenos e edificações em 3D, tornando possível a aprendizagem sobre o globo terrestre.

A partir deste sistema gratuito podem-se destacar lugares, traçar rotas gerar comentários, acrescentar dados sobre o espaço vivido pelos alunos gerando cartografias individuais e coletivas, disponibilizando, fotos, sons e vídeos. Logo, o professor tem uma ferramenta que pode auxilia a aprendizagem mais significativa.


1.1 Objetivos
• Despertar interesse pelo ensino e aprendizagem nas disciplinas de geografia e estudos regionais.
• Propiciar ao educando uma melhor compreensão do espaço geográfico em suas dimensões físicas e sociais.
• Apresentar as possibilidades que o programa Google Earth oferece na produção de material didático para o ensino de geografia e estudos regionais, bem como de utilização desse material.

2. Metodologia
A metodologia desenvolvida neste trabalho partiu de pesquisas sobre recursos que possam orientar e estabelecer procedimentos para o ensino de representações espaciais. Inicialmente empregamos uma revisão bibliográfica das literaturas que apresentam recursos didáticos aplicáveis para o ensino geografia e cartografia, possibilitando ter uma visão panorâmica das principais metodologias e recursos usados para o ensino destas disciplinas.

A proposta inicial é apresentar uma ferramenta tecnológica que possa servir como um recurso valioso e relativamente barato, capaz de aumentar a eficiência das aulas geografia e cartografia e ainda serva como sugestão para desenvolvimento da imaginação fértil dos professores e alunos. Entretanto, nossa preocupação é conseguir fazer uma passagem das informações do saber universitário sem desfigurá-lo e sem desvalorizá-lo, através de uma transposição didática que não vulgarize nem o empobreça, mas, que se apresente como uma construção diferenciada, reconstruída e reorganizada. (Simielli. 2007, p.92)

As ações estão divididas em duas fases. Na primeira fase os alunos são introduzidos ao tema do trabalho e será apresentada a proposta do trabalho. Na segunda fase, no laboratório de informática educativa, os alunos são alfabetizados cartograficamente através dos seguintes temas: mapas, plantas, altimetria, pontos cardeais e colaterais, rosa dos ventos, escalas, coordenadas geográficas (paralelos e meridianos, linhas de latitude e longitude); tipos de mapas mais comuns e legendas. A aula será desenvolvida através do software Google Eart a fim de familiarizar o aluno com o programa, através dos principais ferramentas e recuros disponíveis por programa.

2.1 Primeira fase: Introdução ao tema: introduzidos ao tema do trabalho e será apresentada a proposta do trabalho.

2.2 O que é Google Earth
É um software que oferece meios de exibição de dados geográficos a partir de uma ampla variedade de fontes juntas em um contexto geoespacial. Esses dados incluem imagens do mundo inteiro em diferentes resoluções, com uma grande quantidade de informação visual interpretável.

Neste é possível acrescentar camadas diversas de informações, além de se associar ao Google mapas, que facilita a geração de rotas. A introdução as ferramentas de “navegação” do programa, apresenta os recursos principais da ferramenta como: navegação, marcação de pontos, elaboração de blocos marcadores, captura de imagens, e obtenção de alguma medida básica tais como latitude, longitude, distâncias entre pontos; promover reflexão e troca de idéias entre os professores sobre como aproveitar esse recurso em sua sala de práticas de aula.
Figura 01 – Visualização da pagina inicial do Google Earth.


2.3 Segunda fase: Nesta etapa, os alunos são alfabetizados cartograficamente: para que é usada a cartografia; mapas e plantas; altimetría, pontos cardeais e colaterais, rosa-dos-ventos e bússola; escala; coordenadas geográficas O objetivo consiste em mostrar como são feitos atualmente os mapas, a partir de fotografias aéreas e de imagens de satélites representações do espaço. Apresentação e discussão dos conceitos básicos da cartografia, como base para o desenvolvimento das atividades posteriores. Para familiarizarem-se com o programa as aulas serão desenvolvidas com o uso do Google Earth, mostrando aos alunos os recursos de que mostras os elementos para alfabetizações cartográficas.

Figura 02 – Visualização dos principais recursos e ferramentas do Google Earth.

Com Google Earth pode-se visualizar planeta Terra e sua forma esférica. Através da escolha de um lugar específico pode-se aproximar desde a atmosfera em diferentes alturas até a menor a altura obtendo-se maiores detalhes. Pode-se também observar o sistema de projeções cartográficas que é representado por um conjunto de linhas que representa um sistema correspondente de linhas imaginárias de uma superfície de referência terrestre ou celeste.

Figura 03 – Visualização dos paralelos e meridianos.


Essas correspondem a um conjunto formado por paralelos e meridianos, ou seja, pelas linhas de referência que cobre o globo terrestre com a finalidade de permitir a localização precisa de qualquer ponto sobre sua superfície bem como orientar a confecção de mapas, DUARTE (2002). O aluno pode observar o cruzamento dessas linhas sobre a superfície terrestre e entender que as linhas dispostas no sentido norte-sul (vertical) recebem o nome de meridiano, enquanto que aquelas dispostas no sentido leste-oeste (horizontal) são denominados paralelos, FERNAND (1990).

Figura 04 – Medindo a distância entre dois pontos, traçando uma linha reta ou um caminho. (Cidade de Belém-Pa).


A escala através do programa é um momento que possibilita o cálculo das distâncias e, portanto, uma série de confrontações e interpretações. Através do conhecimento da escala o aluno aprenderá a relação entre a medida na imagem e sua correspondente no terreno.

Figura 06 – Ensinando a definir área para estudos.


As atividades de visualização do território através dos países, cidades principais, mares, lagos, rios, acidentes geográficos, casas e edificações são etapas que pode ser facilmente oferecido pelo professor como forma de promover a discussão dos conceitos básicos da cartografia e geografia, como por exemplo: conurbação, distinção entre área urbana e rural, limites e fronteiras, desmatamentos etc...

Figura 07 – Conhecendo os problemas socioambientais do município, enfocando o uso de ocupação do solo urbano.


Com as imagens do programa pode-se compreender como são produzidos os mapas atuais através das várias tecnologias que tornar possível a criação de mapas com muita precisão e muito rigor em relação a áreas, limites, distâncias, etc. Apresentar as inúmeras tecnologias é chamado de Sensoriamento remoto.

Figura 08 – Produzindo mapas atuais no Google Earth.


Esta cartografia computadorizada é segundo (FERNAND, 1917) ultrapassa a simples representação gráfica automatizada dos fenômenos geográficos. Deve ser considerada como um elo de uma cadeia contínua de operações que, partindo de uma matemática chega á visualização e/ou memorização sob a forma cartográfica dos resultados obtidos. Por sim o aluno pode refletir sobre distribuição e organização das situações, fatos e dados apresentados nas imagens.

2.4 Avaliação
Se daria em todo produção realizada ao longo das seqüências didáticas, como os textos produzidos, os trabalhos realizados em grupos, apresentação de seminários sobre diversos temas, expressão escrita, compreensão dos temas e da leitura e interpretação de mapas, das imagens de satélite, assim como o uso das tecnologias espaciais em diferentes escalas.

3. Resultados esperados.
Espera-se que ao fim do trabalho os professores de geografia reúnam condições para uso mais criativos, lhes permitido propor novas atividades de aula e de pesquisa frente aos seus alunos, desenvolvendo competências na exploração da superfície terrestre com o uso do programa Google Earth.

Assim, é preciso que os profissionais de educação estejam abertos para novos conceitos e as novas formas de ensinar. É preciso sempre buscar novas tecnologias, pois a realidade social tem sido progressivamente invadida pelo uso da informática, cada vez mais presente no cotidiano das escolas, o que tem ajudado o professor a realizar novas atividades diárias.

Os recursos didáticos que aprendem a atenção dos educando tornar as aulas mais dinâmicas menos monótonas, sendo mais um suporte para o educador em sala de aula. Logo, o emprego do Google Earth torna as aulas mais dinâmica e prazerosa, oferecendo aos alunos diversas fontes para o entendimento de determinado assunto como a cartografia.

Bibliografias
ABREU, PR; CARNEIRO, AF. Educação cartográfica na formação do professor de geografia em Pernambuco. Revista Brasileira de Cartografia, Pernambuco, nº58/01 (ISSN 1808 – 0936), Abril. 2006.
ALMEIDA, RD; PASSINI, EY. O espaço geográfico: ensino e representação. São Paulo: Contexto, 1989.
ALMEIDA, RD. Do desenho ao mapa. Iniciação Cartográfica na Escola. São Paulo: Contexto, 2001.
ALMEIDA, RD. Cartografia Escolar (Org.). São Paulo: contexto 2007.
CARLOS, AF. A Geografia na sala de Aula. São Paulo: Contexto, 1999.
FRANCISCHETT, MN. A cartografia no ensino-aprendizagem da geografia: Construindo os Caminhos do Cotidiano. ANAIS do Evento Falam Professor, Curitiba – 18 a 13 de julho de 1990, p. 36.
JOLY, F. A cartografia. Campinas, Papirus, 1990.
MARTINELLI, M. A Sistematização da Cartografia Temática. In: ALMEIDA, Rosângela Doin de. Cartografia Escolar (Org.) São Paulo: contexto 2007, p 159.
PASSINI, EY. Prática de ensino de geografia e estágio supervisionado.

SOFTWARES DE GEOPROCESSAMENTO GRATUITOS



SAGA/UFRJ

É um sistema geográfico de informação (SGI), desenvolvido pelo LAGEOP,visando aplicações ambientais em equipamentos de baixo custo. O módulo de ANÁLISE AMBIENTAL visa satisfazer uma necessidade atual, principalmente daqueles que lidam rotineiramente com a área ambiental, qual seja: a possibilidade de analisar dados georreferenciados e convencionais, fornecendo como resultados mapas e relatórios que irão apoiar o processo de tomada de decisão.

O módulo de ANÁLISE AMBIENTAL possui três funções básicas: assinatura, monitoria, e avaliação ambiental. A assinatura é usada para definir as características e a planimetria de área(s) delimitada(s) pelo usuário.

A monitoria é o acompanhamento da evolução de características e fenômenos ambientais através da comparação de mapeamentos sucessivos no tempo. Este processo permite definir e calcular as áreas alteradas e o destino dadas a elas. A avaliação é o processo de superposição de mapas, através de um esquema de pesos e notas, para a geração de estimativas de riscos e potenciais, sob forma de um novo mapa. Inumeráveis combinações de dados podem ser realizadas por este esquema. O módulo de ANÁLISE AMBIENTAL pode ser considerado o cerne do sistema SAGA/UFRJ, responsável pela sua extraordinária e versátil capacidade de atuar nos mais diversos ramos da pesquisa ambiental, tendo sido testado com sucesso em mais de 50 bases de dados de usuários de todo o Brasil.



SPRING

É um (Sistema de Processamento Informações Geográficas) no estado-da-arte com funções de processamento de imagens, análise espacial, modelagem numérica de terreno e consulta a bancos de dados espaciais.
• Construir um sistema de informações geográficas para aplicações em Agricultura, Floresta, Gestão Ambiental, Geografia, Geologia, Planejamento Urbano e Regional.
• Tornar amplamente acessível para a comunidade brasileira um SIG de rápido aprendizado.
• Fornecer um ambiente unificado de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto para aplicações urbanas e ambientais.
• Ser um mecanismo de difusão do conhecimento desenvolvido pelo INPE e seus parceiros, sob forma de novos algoritmos e metodologias.



TerraView

É um aplicativo construído sobre a biblioteca de geoprocessamento TerraLib , tendo como principais objetivos: Apresentar à comunidade um fácil visualizador de dados geográficos com recursos de consulta a análise destes dados. Exemplificar a utilização da biblioteca TerraLib. O TerraView manipula dados vetoriais (pontos, linhas e polígonos) e matriciais (grades e imagens), ambos armazenados em SGBD relacionais ou geo-relacionais de mercado, incluindo ACCESS, PostgreSQL, MySQL e Oracle.




MapServer

É um ambiente de desenvolvimento open source para construção de aplicações internet espacialmente habilitado. Pode funcionar como um programa CGI ou através MapScript que suporta várias linguagens de programação (usando SWIG). MapServer foi desenvolvido pela Universidade de Minnesota. MapServer foi originalmente desenvolvido com o apoio da NASA, que precisava de uma maneira de fazer a sua imagem de satélite disponíveis para o público.

Disponível em: http://mapserver.org/

Quantum GIS

É um Sistema de Informação Geográfica (GIS) licenciado sob a Licença Pública Geral GNU. QGIS é um projeto oficial da Open Source Geospatial Foundation (OSGeo). Ele roda em Linux, Unix, Mac OSX e Windows e suporta vários vector, raster, e formatos de banco de dados e funcionalidades. Nosso mais recente lançamento é QGIS 1.7.0

Disponível em: http://www.qgis.org/


TerraLib

É uma biblioteca de classes de GIS e funções, disponíveis na Internet como fonte aberto, permitindo um ambiente colaborativo e seu uso para o desenvolvimento de ferramentas de GIS múltiplas. Seu principal objetivo é permitir o desenvolvimento de uma nova geração de aplicações GIS, com base nos avanços tecnológicos em bancos de dados espaciais.

Disponível em: http://www.terralib.org/

MultiSpec

É um Solftwares de tratamento de imagens com licença gratuita. É resultado de uma pesquisa contínua em tecnologia para análise de dados de imagem muiltespectrais e hiperespectrais.


Representações Cartográficas

Globo - representação esférica, em escala pequena, dos aspectos naturais e artificiais de uma figura planetária, com finalidade ilustrativa.

Mapa - representação plana, em escala pequena, delimitada por acidentes naturais ou políticos-administrativos, destinada a fins temáticos e culturais.

Cartas - representação plana, em escala média ou grande, com desdobramento em folhas articuladas sistematicamente, com limites de folhas constituídos por linhas convencionais, destinada a avaliação de distância e posições detalhadas.

Planta - tipo particular de carta, com área muito limitada e escala grande, com número de detalhes consequentemente maior.

Mosaiso - conjunto de fotos de determinada área, montadas técnica e artisticamente, como se o todo formasse uma só fotografia. Classifica-se como controlado, obtido apartir de fotografia aéreas submetidas a processos em que a imagem resultante corresponde à imagem tonada na foto, não controlado, preparado com o ajuste de detalhes de fotografia adjacentes, sem controle de termo ou correção de fotografia, sem preocupação com a precisão, ou ainda semicontrolado, montado combinando-se as duas características descritas.

Fotocarta - Mosaico controlado, com tratamento cartográfico.

Ortofotocarta - fotografia resultante da transformação de uma foto original, que é um perspectiva central do terreno, em uma projeção ortogonal sobre um plano.

Ortofotomapa - conjunto de várias ortofotocartas adjacentes de uma determinada região.

Fotoíndice - montagem por superposição das fotografias, geralmente em escala reduzida. É a primeira imagem cartográfica da região. É o insumo necessário para controle de qualidade de aerolevantamentos utilizados na produção de cartas de método fotogramétrico.

Carta Imagem - imagem referênciada a partir de pontos identificáveis com coordenadas conhecidas, superposta por reticulado da projeção

Revista Geografia, Conhecimento Prático, n 23, p 54. ed. Escala