Leonardo Sousa dos Santos¹, Jorge
Cirilo Oliveira Souza ², Wilson Soares Barroso Júnior², Miguel da Silva
Negrão², Simeão André Machado de Moraes², Wellington Douglas do Vale²
²Curso de Incêndio na Floresta Amazônica. Corpo de
Bombeiros Militar do Estado do Pará.
RESUMO
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do
Pará tem adquiridos vários materiais e equipamentos operacionais de combate a
incêndios florestais. Contudo, ainda necessita de uma ferramenta de auxilio no
processo de tomada de decisão para delinear ações de previsão, prevenção para o
combate a queimadas e incêndios florestais na Amazônia, a fim de mitigar os
efeitos advindos deste fenômeno sobre a região. O Instituto Nacional
de Meteorologia (INMET) e Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE) têm
desenvolvido e divulgado informações de meteorologia e monitoramento
de ocorrência do fogo por sensores orbitais, onde se pode conhecer o perfil das
queimadas e dos incêndios florestais no País a custo “zero”. Desta forma, o
Corpo de Bombeiros através do Curso de Combate a Incêndio Florestal (CCIFA), no
munícipio de Canãa dos Carajás, desenvolveu uma proposta de Boletim Informativo
de Meteorologia, Queimada e Incêndios Florestais (Bol-MeQIs). O trabalho foi
operacionalizado considerando cinco fases distintas, mas complementares e teve
como objetivo geral capacitar os alunos a assimilar o conhecimento de
meteorologia, climatologia e aplicações do monitoramento e previsão de tempo e
clima através das principais páginas da internet que disponibilizam dados sobre
fatores climáticos e avaliação do risco de incêndios florestais. Selecionaram-se
um conjunto de informações sobre clima e queimadas e incêndios florestais em
boletim informativo para melhoria das ações dos Núcleos Operacionais de Resposta
a Queimadas e Incêndios florestais (NORQIs), localizados nos grupamentos do
corpo de bombeiros em vários municípios. Através do Bol-MeQIs pode-se obter
dados de queimadas de grandes áreas, em intervalos regulares, com maior rapidez
na coleta e análise de dados a um custo menor, se comparado com métodos
convencionais para subsidiar a ações de previsão, prevenção, organização,
planejamento e ações de combate ao fogo.
Palavras-chave: Boletim informativo. Queimadas. Incêndios florestais
na Amazônia.
1. INTRODUÇÃO
O uso do fogo pelo ser humano é uma prática
cultural que remonta à pré-história, cujo final é caracterizado pelo
aparecimento da escrita (PEREIRA, et al.,
2004, p.40). Com a manipulação do fogo, o ser humano passou a produzir
artefatos (ferramentas) mais e mais complexos e com essa evolução contínua o
ambiente passou a sofrer impactos em velocidade superior ao equilíbrio natural.
No Brasil as queimadas são uma prática cultural para o manejo da terra e tem
causado impactos ambientais de alta monta (PEREIRA, et al., 2004, p.41).
Segundo
Meirelles (2014), as estradas; petróleo e gás; mineração; hidrelétricas e
queimadas são os cinco principais fatores que são causados pelo homem e que pressionam
as mudanças no meio ambiente. As queimadas
em especial, servem para a limpeza de pastos, preparo de plantios, desmatamentos,
colheita manual de cana-de-açúcar, vandalismo, disputas fundiárias, protestos
sociais, e etc.
Pesquisas realizadas acerca deste tema têm
demonstrado que fogo em vegetação provocam impactos em pequena e mesoescala. Em
pequena escala estão, por exemplo: destruição da fauna e flora, empobrecimento
do solo, redução da penetração de água no subsolo, e em muitos casos causam
mortes, acidentes e perda de propriedades. Em mesoescala, causam poluição
atmosférica, com prejuízos à saúde de milhões de pessoas, alteram e destroem
ecossistemas em nível global, podendo ser associados às modificações da composição
química da atmosfera e do clima do planeta (FRANÇA, 2004, p.60).
De acordo com Instituto
Nacional de Pesquisa Espacial (INPE), em 2010 houve 18.130 foco de queimadas na
Amazônia. Entre 2011 e 2014 há uma redução progressiva que segundo o INPE, está
associada ao melhoramento do monitoramento das queimadas com o advento do sensoriamento remoto orbital, que
tem revelado ao mundo a dimensão do uso do fogo no planeta. As imagens orbitais
mostram que as queimadas de origem antrópica ainda são amplamente utilizadas em
vários ecossistemas inclusive em locais onde o fogo natural é extremamente raro,
como a floresta Amazônica (FRANÇA, 2004, p.57).
Para compreender o comportamento do fogo devem-se
levar em considerações parâmetros meteorológicos que interferem nas queimadas e incêndios
florestais, neste contexto, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE)
têm desenvolvido e divulgado dados com informações sobre o
tempo, clima e monitoramento
de ocorrência do fogo em todo Brasil.
Os dados do INMET e INPE possibilitam conhecer
o perfil das queimadas e dos incêndios florestais no País a custo “zero”, isto
é, saber onde, quando e por que ocorrem as queimadas e os incêndios. Neste
sentido, o Corpo de Bombeiros através do Curso de Combate a Incêndio Florestal
(CCIFA), desenvolveu uma proposta de Boletim Informativo de Meteorologia,
Queimada e Incêndios Florestais (Bol-MeQIs), com dados divulgados pelo INMET e INPE nos portais: http://queimadas.inpe.br e http://www.inmet.gov.br/portal/ . O Bol-MeQIs deverá subsidiar as ações de planejamento,
monitoramento, previsão, prevenção de queimada e incêndios Florestal na
Amazônia através dos Núcleos Operacionais de Resposta a Queimadas e Incêndios
florestais (NORQIs) do Corpo de Bombeiros do Estado do Pará.
A proposta desse trabalho nasce da
necessidade de elaborar, junto com os oficiais e praças do Curso de Combate a
Incêndio na Floresta Amazônica de 2014 (CCIFA/2014), um Boletim Informativo, Bol-MeQIs,
para oferecer melhoria das ações operacionais de monitoramento e combate ao
fogo, bem como, a elaboração de plano de contingência e tomada de decisão nos
NORQIs.
2. MATERIAIS
E MÉTODO
O
trabalho foi operacionalizado considerando cinco fases distintas, mas
complementares, sendo a primeira uma abordagem com reflexões e considerações
básicas sobre a importância da elaboração do Projeto de Boletim Informativo de
Meteorologia, Queimada e Incêndio Florestal (Bol-MeQIs) para os Núcleos
Operacionais de Resposta a Queimadas e Incêndios florestais (NORQIs).
A
discursões e reflexões foram desenvolvidas durante a disciplina de Estudo
Geográfica da Amazônia (EGA) ministrada aos oficiais e praças do Corpo de
Bombeiros Militar do Pará (CBMPA) no Curso de Combate a Incêndio na Floresta
Amazônia (CCIFA/2014), no município de Canaã dos Carajás. A disciplina EGA teve
como objetivo geral capacitar os alunos a assimilar o conhecimento de
meteorologia, climatologia e aplicações do monitoramento e previsão de tempo e
clima através das principais páginas da internet que disponibilizam dados sobre
fatores climáticos e avaliação do risco de incêndios florestais.
Figura 1 - Alunos, Oficiais e Praças, do Curso de Combate a Incêndio na Floresta Amazônica - 2014.
Fonte: Elaborado pelo autor.
Na segunda
fase, realizou-se em laboratório de informática, consulta, analise de informações
sobre meteorologia e queimadas e incêndios florestais na Amazônia nas páginas
do INMET e INPE. O processo resultou na elaboração de tabelas, gráficos e mapas
com as informações meteorológicas e eventos de incêndios.
Na terceira fase, elaborou-se
o Projeto de Boletim informativo que foi apresentado a uma banca avaliadora,
composta pela coordenação e subcoordenação do CCIFA/2014, obtendo conceito
excelente. A estrutura para elaboração do Bol-MeQIs deve ser
composta por três componentes principais: 1) Coleta de informações básicas; 2)
organização integração de informações e 3) disseminação e divulgação na “internet
e por “e-mail”, Vide Figura
1”.
Na
quarta etapa, foi realizado o levantamento dos dados de focos de calor, em
formato shapefile, existentes para o Estado do Pará e organizada uma base de
dados geográficos. Cada ponto possui as seguintes variáveis: Coordenadas
geográficas (latitude e longitude), data da observação do foco de calor (dia,
mês e ano), tipo de satélite e município. Em seguida, em ambiente SIG do
Quantum Gis 2.4, foi modelado o padrão de distribuição do conjunto de pontos,
utilizando-se o estimador de densidade Kernel.
Por fim, os oficiais e praças do CCIFA/2014, compostos
por profissionais especializados e com diversas formações, geografia,
cartografia, psicologia, educação física, pedagogias e outros, realizaram a
construção do boletim informativo monitoramento para subsidiar a ações de
previsão, prevenção, organização, planejamento e ações de combate ao fogo das
seguintes NORQIs, a saber: sala de situação para monitoramento de desastres, em
Belém, Altamira, Castanhal, Tucuruí, Redenção, Itaituba, Santarém, Abaetetuba,
Parauapebas, Paragominas, Marabá e Tailândia. Para a construção do Boletim
Informativo de Meteorologia, Queimada e Incêndio Florestal (Bol-MeQIs)
utilizou-se o esquema lógico abaixo (Figura 2).
Figura 2 - Esquema lógico para seleção das informações e
construção do Bol-MeQIs.
Fonte: Elaborado pelo autor.
3. DADOS
DE METOOROLOGIA, QUEIMADA E INCÊNDIO FLORESTAL
Graças a tecnologias espaciais e computacionais atualmente disponíveis é possível estudar o planeta Terra como um sistema global. À medida que a tecnologia espacial e as técnicas de aplicações do sensoriamento remoto foram evoluindo, os satélites meteorológicos também foram se proliferando internacionalmente (KAMPEL, 2014).
De acordo com Meirelles nos últimos anos, uma série
de modelagens foi desenvolvida por pesquisadores brasileiros e estrangeiros em
instituições como: Instituto Nacional de Pesquisa Espacial, Instituto Nacional
de Meteorologia e outros, procurando compreender os riscos e as fragilidades da
Amazônia. Dentre os diversos benefícios das pesquisas podem-se mencionar as advindas
das missões dos satélites meteorológicos como: fornecer uma observação
meteorológica global e sistemática, operações de busca e salvamento, pesquisas
sobre mudanças climáticas globais, gerenciamento de recursos, monitoramento
ambiental, planejamento urbano, monitoramento de ozônio e de padrões migratórios
de animais e etc (MEIRELLES, 2014).Graças a tecnologias espaciais e computacionais atualmente disponíveis é possível estudar o planeta Terra como um sistema global. À medida que a tecnologia espacial e as técnicas de aplicações do sensoriamento remoto foram evoluindo, os satélites meteorológicos também foram se proliferando internacionalmente (KAMPEL, 2014).
No Brasil, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) administra mais de 400 estações de meteorologia através de 10 distritos regionais que recebem, processam e enviam dados de meteorologia (precipitação, ventos, umidade relativa do ar, pressão, etc) para a Sede, localizado, em Brasília-DF. A sede, por sua vez, através de supercomputadores faz simulação, modelos numéricos com um intervalo de 24, 48, 72 e 96h à frente e envia por satélite para todo o mundo.
A previsão do tempo do INMET está baseada, entre outros, em dados observados de hora em hora nas estações meteorológicas de superfície, porém, só as informações do modelo numérico não são suficientes para a realização da previsão do tempo, neste sentido, com o auxílio das imagens de satélites o INMET para elabora a previsão de tempo a cada 30mim, de hora em hora ou a cada 3h.
O monitoramento de ocorrência do fogo na vegetação é desenvolvido no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, (INPE) através do monitoramento por sensores orbitais. Os dados para a América do Sul e a Central, África e Europa, são atualizados a cada três horas, todos os dias do ano. Através do monitoramento de queimadas e incêndios florestais do INPE que se tem acesso a várias informações, figuras, tabelas e gráficos sobre queimadas e incêndios florestais em todo Brasil.
Os focos de queimadas, possui erro médio de 400 m, com desvio padrão de ~3 km e cerca de 80% dos focos estão em um raio de 1 km das coordenadas indicadas. Os dados e produtos sobre o monitoramento de queimadas são divulgados, de três horas em três horas após sua geração, nos seguintes horários: 04h30min, 10h30min, 13h30min, 16h30min, 19h30min, 21h30min e 23h30min (hora de Brasília);
As informações do monitoramento de queimada do INPE estão divididas em blocos: Situação Atual, SIG Focos-Geral, SIG Focos-Áreas Protegidas, Situação nas Áreas Protegidas, Relatório Atual e Risco de Fogo etc. Assim, através do INMET e INPE tem-se um conjunto de dados e, a partir deles, pode-se gerar uma série de produtos operacionais e com diversas aplicações com a elaboração de um boletim informático de meteorologia, queimas e incêndios florestais.
4. BOLETIM INFORMATIVO DE METEOROLOGIA, QUEIMADA
E INCÊNDIOS FLORESTAIS - BOL-MEQIS
A análise conjunta de variáveis meteorológicas e focos de calor possibilita uma melhor definição dos incêndios florestais de uma determinada região, reduzindo o número de falsos alarmes (BATISTA, 2013).
Diversas variáveis da condição climática interferem nas queimadas e nos incêndios florestais, desta forma, um boletim com informações de temperatura, a umidade relativa do ar, o vento e a precipitação são importantes, pois combinadas determinam os efeitos do clima sobre o fogo. O Boletim Informativo de Meteorologia, Queimadas e Incêndios Florestais (Bol-MeQIs) é um instrumento fundamental para monitoramento das variáveis meteorológicas e do fogo na vegetação, pois, será possível saber antecipadamente a possibilidade de ocorrer fogo numa determinada região, pois, os parâmetros meteorológicos para previsão refletem, com certa precisão, a vulnerabilidade de vegetação ao fogo.
Neste contexto, o Bol-MeQIs deve apresentar o comportamento climático e das queimadas e incêndios florestais através de número, gráficos e mapas para melhoria das ações dos núcleos operacionais de resposta rápida, localizados nos grupamentos do corpo de bombeiros, além de possibilitar uma melhor previsão e prevenção, bem como, a elaboração de plano de contingência e equipamentos para ações de combate.
O Boletim Informativo de Meteorologia, Queimada e Incêndios Florestais terá um breve comentário de cada tabela, gráficos e mapas sobre sua leitura, análise e intepretação, como sugere Martinelli (2004, p.25). Esse procedimento é chamado de comentários. O Bol-MeQIs tem uma série geográfica onde nas linhas da tabela demonstra-se o numero de focos de calor por municípios para os últimos dois dias de monitoramento de focos de queima de vegetação em imagens satélites.
O gráfico de sectograma apresenta os principais biomas, que estão sendo atingidos pelos focos de calor e é uma representação ideal para comparar parcelas com o total e corresponde a um gráfico de leitura simples, não apresentando dificuldade em sua análise e interpretação (MARTINELLI, 2014, p.96).
Desta forma, o Bol-MeQIs será um documento que de acordo com Martinelli (2004, p.12), envolve a busca de conhecimento e esclarecimento acerca de certa questão da realidade que se tem interesse em desvendar. Assim, diante o problema de queimada e incêndio florestal o boletim permitirá o CBMPA iniciar um trabalho de pesquisa por meio de levantamento de dados sobre um conjunto de informações sobre fatores meteorológicos e foco de queimadas e incêndios florestais com relação custo/benefício positiva, que permitira revelar os lugares, caminhos e áreas tendo em vista a tomada de decisão.
A análise conjunta de variáveis meteorológicas e focos de calor possibilita uma melhor definição dos incêndios florestais de uma determinada região, reduzindo o número de falsos alarmes (BATISTA, 2013).
Diversas variáveis da condição climática interferem nas queimadas e nos incêndios florestais, desta forma, um boletim com informações de temperatura, a umidade relativa do ar, o vento e a precipitação são importantes, pois combinadas determinam os efeitos do clima sobre o fogo. O Boletim Informativo de Meteorologia, Queimadas e Incêndios Florestais (Bol-MeQIs) é um instrumento fundamental para monitoramento das variáveis meteorológicas e do fogo na vegetação, pois, será possível saber antecipadamente a possibilidade de ocorrer fogo numa determinada região, pois, os parâmetros meteorológicos para previsão refletem, com certa precisão, a vulnerabilidade de vegetação ao fogo.
Neste contexto, o Bol-MeQIs deve apresentar o comportamento climático e das queimadas e incêndios florestais através de número, gráficos e mapas para melhoria das ações dos núcleos operacionais de resposta rápida, localizados nos grupamentos do corpo de bombeiros, além de possibilitar uma melhor previsão e prevenção, bem como, a elaboração de plano de contingência e equipamentos para ações de combate.
O Boletim Informativo de Meteorologia, Queimada e Incêndios Florestais terá um breve comentário de cada tabela, gráficos e mapas sobre sua leitura, análise e intepretação, como sugere Martinelli (2004, p.25). Esse procedimento é chamado de comentários. O Bol-MeQIs tem uma série geográfica onde nas linhas da tabela demonstra-se o numero de focos de calor por municípios para os últimos dois dias de monitoramento de focos de queima de vegetação em imagens satélites.
O gráfico de sectograma apresenta os principais biomas, que estão sendo atingidos pelos focos de calor e é uma representação ideal para comparar parcelas com o total e corresponde a um gráfico de leitura simples, não apresentando dificuldade em sua análise e interpretação (MARTINELLI, 2014, p.96).
Desta forma, o Bol-MeQIs será um documento que de acordo com Martinelli (2004, p.12), envolve a busca de conhecimento e esclarecimento acerca de certa questão da realidade que se tem interesse em desvendar. Assim, diante o problema de queimada e incêndio florestal o boletim permitirá o CBMPA iniciar um trabalho de pesquisa por meio de levantamento de dados sobre um conjunto de informações sobre fatores meteorológicos e foco de queimadas e incêndios florestais com relação custo/benefício positiva, que permitira revelar os lugares, caminhos e áreas tendo em vista a tomada de decisão.
5.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após a definição e seleção das informações, imagens e design do Bol-MeQIs, vide Anexo I, adicionaram-se os dados de metrologia: temperatura, umidade relativa do ar, precipitação, ventos, gráficos e mapas que são determinantes no comportamento do fogo. Desta forma, os Oficiais e Praças dos NORQIs podem desenvolver conhecimentos sobre meteorologia, climatologia para as aplicações de monitoramento e previsão de tempo e clima para avaliação do risco queimadas e incêndios florestais.
Observou-se que o Bol-MeQIs é uma excelente ferramenta que pode incentivar parceiras com órgãos públicos, iniciativa privada e organização não governamental (OGNS) e ainda, utilizar as informações sobre os riscos de queimadas e incêndios florestais para educar a sociedade em questões voltadas à saúde pública por decorrências das emissões de gases poluentes e diminuição das ocorrências de fogo por causas humanas.
O projeto deve pode ter o apoio local das prefeituras, sociedade civil organizada etc., e principalmente um grupo de pesquisa multidisciplinar em cada NORQIs. A unidade territorial de análise e diagnóstico não deve ser menor do que os limites municipais ou de uma bacia hidrográfica (a escala da bacia ainda precisa ser definida). Nesse sentido, o boletim também poderá ser vinculado a Defesa Civil Estadual e Municipal, visando padronizar informações para traçar um perfil das ações de prevenção e atuação.
6. CONCLUSÕES
Conclui-se que com o Boletim Informativo de Meteorologia, Queimada e Incêndios Florestais (Bol-MeQIs) o CBMPA pode-se criar uma estrutura de monitoramento e ações operacionais nos locais de maior foco de calor e ainda identificar os fatores meteorológicos ao longo do ano e principalmente nas estações secas de julho a setembro, inverno amazônico, e nos períodos de queimadas na Amazônia.
O Bol-MeQIs representa uma ferramenta auxiliar da mais elevada importância, visto que pode ser incorporado ao processo de apoio à decisão em nível regional, permitindo, ao CBMPA delinear ações rápida previsão, prevenção e combate a queimadas e incêndios florestais, a fim de mitigar os efeitos advindos deste fenômeno sobre a região.
Este trabalho ainda esta em fase de execução, pois, deve-se dar uma atenção especial no processo de metodologia para seleção dos dados e a realização de levantamento dos requisitos de implantação, treinamento e capacitação para utilização da ferramenta de SIG aos militares da Corporação.
Após a definição e seleção das informações, imagens e design do Bol-MeQIs, vide Anexo I, adicionaram-se os dados de metrologia: temperatura, umidade relativa do ar, precipitação, ventos, gráficos e mapas que são determinantes no comportamento do fogo. Desta forma, os Oficiais e Praças dos NORQIs podem desenvolver conhecimentos sobre meteorologia, climatologia para as aplicações de monitoramento e previsão de tempo e clima para avaliação do risco queimadas e incêndios florestais.
Observou-se que o Bol-MeQIs é uma excelente ferramenta que pode incentivar parceiras com órgãos públicos, iniciativa privada e organização não governamental (OGNS) e ainda, utilizar as informações sobre os riscos de queimadas e incêndios florestais para educar a sociedade em questões voltadas à saúde pública por decorrências das emissões de gases poluentes e diminuição das ocorrências de fogo por causas humanas.
O projeto deve pode ter o apoio local das prefeituras, sociedade civil organizada etc., e principalmente um grupo de pesquisa multidisciplinar em cada NORQIs. A unidade territorial de análise e diagnóstico não deve ser menor do que os limites municipais ou de uma bacia hidrográfica (a escala da bacia ainda precisa ser definida). Nesse sentido, o boletim também poderá ser vinculado a Defesa Civil Estadual e Municipal, visando padronizar informações para traçar um perfil das ações de prevenção e atuação.
6. CONCLUSÕES
Conclui-se que com o Boletim Informativo de Meteorologia, Queimada e Incêndios Florestais (Bol-MeQIs) o CBMPA pode-se criar uma estrutura de monitoramento e ações operacionais nos locais de maior foco de calor e ainda identificar os fatores meteorológicos ao longo do ano e principalmente nas estações secas de julho a setembro, inverno amazônico, e nos períodos de queimadas na Amazônia.
O Bol-MeQIs representa uma ferramenta auxiliar da mais elevada importância, visto que pode ser incorporado ao processo de apoio à decisão em nível regional, permitindo, ao CBMPA delinear ações rápida previsão, prevenção e combate a queimadas e incêndios florestais, a fim de mitigar os efeitos advindos deste fenômeno sobre a região.
Este trabalho ainda esta em fase de execução, pois, deve-se dar uma atenção especial no processo de metodologia para seleção dos dados e a realização de levantamento dos requisitos de implantação, treinamento e capacitação para utilização da ferramenta de SIG aos militares da Corporação.
7.
AGRADECIMENTOS
Aos trinta e nove
alunos, Oficiais e Praças, da 5º Edição do Curso de Combate a Incêndio na
Floresta Amazônica (CCIFA/2014) que colaboram nas reflexões, definições e elaboração
deste trabalho. Agradeço também ao Cabo Simeão pela indicação e a coordenação
do curso, na pessoa do Senhor Capitão Catuaba e Capitão Carvalho, pela
oportunidade de ministra a disciplina Estudo Geográfico da Amazônia no
CCIFA/2014.
Apresentação de pôster ficou sobre a responsabilidade do Cabo BM Semeão e CB Leonardo
Durante a exposição do trabalho tivemos o prazer de encontrar entre os simposistas Tenente Leandro Alves do Corpo de Bombeiros do Estado do Mato Grosso.
REFERÊNCIAS
ALVES, M. EDEMIR. Y., Cálculo do índice de vegetação a partir do sensor AVHR. Aplicações
ambientais brasileiras dos satélites NOAA e Tiros-N/Coordenador Nelson Jesus
Ferreira. – São Paulo: Oficina de Texto, 2004.
BATISTA, C., Detecção de incêndios
florestais por Satélites. FUPEF do Paraná. Disponível em: <
http://www.floresta.ufpr.br/firelab/wp-content/uploads/2013/09/artigo16.pdf
>. Acesso em: <11 2014="" de="" e="" outubro="">.11>
FRANÇA. H., Identificação e mapeamento de cicatrizes de queimadas com imagens
AVHRR/NOAA. Aplicações ambientais brasileiras dos satélites NOAA e
Tiros-N/Coordenador Nelson Jesus Ferreira. – São Paulo: Oficina de Texto, 2004.
GERALDO, A., Produtos operacionais gerados a partir do satélite NOAA “Exemplo das
aplicações realizadas pela Funceme”. Aplicações ambientais brasileiras do
satélite NOAA e Tiros-N/Coordenador Nelson Jesus Ferreira. – São Paulo: Oficina
de Texto, 2004.
MARTINELLI. M., Mapas, gráficos e redes: elabore você mesmo. São Paulo: Oficina de
Texto, 2014.
MEIRELLES, F., CARLOS, J. É possível
superar a herança da ditadura brasileira (1964- 1985) e controlar o
desmatamento na Amazônia? Não, enquanto a pecuária bovina prosseguir como
principal vetor de desmatamento. Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciênc.
hum. [online]. 2014, vol.9, n.1, pp. 219-241. ISSN 1981-8122. Disponível
em: http://www.scielo.br/pdf/bgoeldi/v9n1/14.pdf. Acesso em: 25 de junho de
2014.
PEREIRA, M., FERNANDES, A., Detecção de queimadas com uso de radiômetro
AVHRR. Aplicações ambientais brasileiras dos satélites NOAA e
Tiros-N/Coordenador Nelson Jesus Ferreira. – São Paulo: Oficina de Texto, 2004.
KAMPEU, M., Característica gerais dos satélites NOAA: Histórico, instrumentos e
comunicação e dados. Aplicações ambientais brasileiras do satélite NOAA e
Tiros-N/Coordenador Nelson Jesus Ferreira. – São Paulo: Oficina de Texto, 2004.
Nenhum comentário:
Postar um comentário