17 de dezembro de 2012

2ª EDIÇÃO - CURSO DE NAVEGAÇÃO TÁTICA DE ASSALTO E RESGATE


A C.R.I.S.E dá inicio as inscrições da 2ª edição do curso de Navegação Tática de Assalto e Resgate.

Serão dois dias de intensivos treinamentos envolvendo as disciplinas de navegação terrestre com bússolas e GPS, bem como a conduta de patrulhas em área de selva.

A equipe de instrução é formada por profissionais da segurança pública com alto nível técnico:

Equipe de instrutores: TEM CEL BARBOSA, SGT BM ANDRADE, SGT PM CLÁUDIO, CB PM L. PAULO, CB PM B e SD BM LEONARDO.

O Curso de Navegação Tática de Assalto e Resgate (NTAR) destina-se aqueles desejam aprender a navegar com mapas topográficos, bússola e GPS. É um curso onde o aluno será capacitado a utilizar cartas topográficas em diversas escala, bússolas e GPS. Também será capaz de:

 Dominar os principais conceitos espaciais e sua representação;
 Utilizar os recursos cartográficos no apoio a tomadas de decisões;
 Saber planejar ações com a utilização dos recursos cartográficos;
 Progredir ponto a ponto;
 Saber aplicar a patrulha de assalto;
 Saber aplicar a patrulha de reconhecimento;
 Conhecer as técnicas de assalto em área de selva e
 Etc...

Neste curso os alunos percorrerão um percurso previamente determinado, descrito ou não em um mapa de orientação e balizado por pontos de controle, em meio aos mais variado terrenos: vegetação, campos, parques, áreas urbanas e etc.

O principal diferencial deste curso em relação aos demais é o fato de que os alunos terão a capacidade de interpretar sinais, determinar posições em relação ao terreno e buscar caminhos que facilitem a progressão sobre o mesmo. Este também proporciona o desenvolvimento da auto-confiança, estimula a tomada de decisões, ensina a estabelecer metas, cumprir e alcançar objetivos.


DISTINTIVO DO CURSO DE NAVEGAÇÃO TÁTICA DE ASSALTO E RESGATE


Composto por dois círculos de cores verde e amarela, representando dois, dos três perímetros de segurança em uma situação crítica.

O CÍRCULO VERDE representa o perímetro externo (local destinado a formar uma zona tampão entre o perímetro interno e o público) em que esta sobreposta o nome do curso NAVEGAÇÃO TÁTICA DE ASSALTO E RESGATE em cor branca, fonte STENCIL e intercalando o nome do curso estão duas estrelas em cores amarelas.

A primeira estrela localizada a esquerda representa a grandiosidade da Hileia Amazônica e sua biodiversidade natural, as quais fundamentam a importância e dificuldade da navegação aérea, aquática e terrestre na busca do resgate de vítimas e reféns.

A segunda estrela localizada a direita representa a força, a perseverança e a sabedoria do emprego da navegação para o homem.

O CÍRCULO AMARELO representa o perímetro interno (local que circunda o ponto crítico, formando uma zona estéril), sobreposto ao círculo está uma rosa dos ventos e seus pontos cardeais: (N) norte; (S) sul; (E) leste e (W) oeste e anteposto está um punhal em cor preta que simboliza uma agulha magnética da bússola e um raio em cor vermelha simbolizando a força e o emprego de um assalto tático em uma situação
crítica.

Abaixo do círculo verde sustentando a simbologia do curso em cor azul estão sobrepostos em cor branca, fonte stencil o nome da instituição C.R.I.S.E (Capacitação Recomendada na Intervenção de Situações Especiais) e a sigla NRTA (Navegação Tática de Assalto e Resgate).

Em torno e completando o distintivo está a figura mitológica da Hidra em tonalidades de cores verde, preta, cinza, vermelha e branca, a qual possuía um corpo de dragão com nove cabeças, as quais podiam regenerar-se quando eram cortadas formando uma figura de coração correspondente ao amor e fidelidade pelo curso e pela instituição C.R.I.S.E.

O distintivo possui uma largura de 8.00 cm por 6.00 cm de altura confeccionados em metal, tecido e emborrachado, terá ainda sua confecção em tecido e emborrachado com tonalidades em preto e cinza.

Os distintivos serão usados nos uniformes representativos de cada Instituição que compõe o Sistema Nacional e Estadual de Segurança Pública (Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares), Forças Armadas e Instituições Privadas, conforme Regulamento de Uniformes de cada instituição.

MATERIAL DE DIVULGAÇÃO


FOTOS: http://www.crisetreinamento.com.br/fotos/fotos-navegacao-tatica-de-assalto-e-resgate-25-e-26-de-agosto/

31 de outubro de 2012

Falta de hidrantes em Parauapebas

Figura 1 - Hidrantes em situação de abandono em Parauapebas.

“A situação está precária, pois existem muitos hidrantes e nem mesmo um que funcione adequadamente”, lamenta Major Luiz Cláudio, comandante do Subgrupamento de Bombeiros Militar em Parauapebas. O comandante admite que o abastecimento da viatura de combate a incêndio é feita em pontos distantes e por gravidade já que os hidrantes que funcionam não possuem pressão suficiente para abastecimento.

O desgaste dos hidrantes, segundo informou o comandante, se deu pela ação do tempo e dos vândalos que retiram peças para vender como sucata.

Mas no caso do que pode ser visto na foto, amarrado com cordas e torniquete, já faz algum tempo que desperdiça água e não recebeu nenhuma atenção dos responsáveis. O hidrante fica na calçada de um prédio público, a escola Paulo Fonteles, e mesmo assim não foi solucionado o problema.

A responsabilidade de instalação e manutenção dos hidrantes é do SAAEP (Serviço Autônomo de Água e Esgotos de Parauapebas), e já que não tem dado manutenção nos hidrantes nem instalado novos, ofereceu como paliativo um caminhão pipa para reabastecer a viatura, no local do incêndio. “Funciona, mas pode chegar um momento em que este também não esteja à disposição”, preocupa-se Luiz Cláudio, dizendo ser melhor que os hidrantes sejam disponibilizados.

O corpo de bombeiros militar possui apenas uma viatura e com as distancias do abastecimento não surte nenhum efeito no combate ao incêndio.

Major Luiz Cláudio diz que caso os hidrantes já existentes funcionassem corretamente já seria razoável para suprir a necessidade da população, mas admite que deveria ser feito levantamento para que se instale mais, principalmente, nos bairros novos. Uma das causas de que os hidrantes diminua, com o tempo, a pressão, é o fato do crescimento populacional que recebe água da mesma tubulação.

“Os incêndios vem aumentando a cada ano, de acordo com o aumento da população. E como as edificações vão ocupando as áreas com vegetação incêndios vêm sendo mais freqüentes na área rural próxima à cidade”, conta Luiz Cláudio, justificando ainda que, em sua maioria, estes incêndios são provocados por pessoas na tentativa de limpar terrenos fazendo uso do fogo. “Ação que se flagrada resultará em detenção do infrator; mas isto se torna difícil, pois o flagrante nunca é feito e o causador sempre acusa um transeunte de ter provocado o acidente”, conclui Luiz Cláudio.(Francesco Costa/Especial para jornal O Regional).

17 de outubro de 2012

Geotecnologias na Gestão Pública disponibiliza material



Geotecnologias na Gestão Pública é um encontro que objetiva constituir-se em espaço privilegiado para a troca de experiências entre os entes públicos federais, estaduais e municipais.

Gestores e técnicos nas áreas de planejamento, segurança, meio ambiente, saúde, desastres naturais, legislação, energia e outras áreas neste evento debateram seus projetos, suas idéias, seus avanços e desafios no uso das informações geográficas na gestão de suas respectivas áreas.

De acordo com os organizadores, vivemos sob uma ordem econômica e social que impõe que ágeis processos de tomada de decisão estejam capilarizados em todos os níveis de organização, seja do setor privado, seja do setor público.

Todavia, não basta ao Poder Público demonstrar capacidade de planejamento. É absolutamente fundamental que ele disponha de quadros técnicos e gerenciais capacitados para garantir, executando ou fiscalizando, a consecução dessas ações estratégicas.

Nesse contexto o evento disponibilizou o material do evento no link de acesso direto:

Estão disponíveis as palestras cujos autores já nos autorizaram a distribuição. As outras serão adicionadas mediante autorização de seus autores: http://www.ggp.uerj.br/2012/

11 de outubro de 2012

Orientações sobre Hidrantes Urbanos – dicas do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal



Para que servem os Hidrantes Urbanos?

Os incêndios são, em sua grande maioria, combatidos com o emprego de água como agente extintor. Especialmente pelo fato da água ser abundante e barata na natureza, o que torna economicamente viável para a maioria dos incêndios; além da facilidade de armazenagem, facilidade de transporte, multiplicidade de aplicação do jato, forma líquida etc.

Por isso há uma preocupação do Estado e do município com o suprimento de água, em especial para guarnições de combate a incêndio que necessitam desse agente extintor, proveniente de uma fonte disponível, no local do incêndio. Por isso os hidrantes urbanos de incêndio necessitam estar em plena condição de serem utilizados pelos bombeiros em caso de combate a incêndio.

Os hidrantes urbanos são instalados para uso exclusivo no combate a incêndio ou outras operações, por exemplo, limpeza de logradouros públicos após inundações onde haja acúmulo de lama e obstruções. Na realidade estes aparelhos de hidrantes são como uma fonte avançada de água que garante ao bombeiro, bem como à população, a segurança de poder contar com viaturas sempre abastecidas para o caso de um grande incêndio.

O CBMDF disponibiliza para toda a comunidade o cadastro de hidrantes urbanos do Distrito Federal. Para baixar o cadastro de todos os hidrantes do Distrito Federal é só clicar na figura do Zé Hidrante na página principal do sítio do CBMDF ou ainda por este link : https://www.cbm.df.gov.br/

Para informação de todos, está sendo feito um trabalho de geoprocessamento para mapeamento dos hidrantes, ou seja, a localização através de GPS, que ainda não está em fase de planejamento e estudo.

A NBR 5667/80 descreve que em geral os hidrantes são fabricados para uma pressão máxima de serviço 10 kgf/cm². O diâmetro interno da entrada de água, dotado de um flange, é de 75 ou 100 mm. Para serem utilizados pelo Corpo de Bombeiros os equipamento devem possuir “bocas de saídas” com as rosca são 60 mm (diâmetro externo 82 mm e 5 fios) e rosca de 100 mm (diâmetro externo 127 mm e 4 fios). Ainda segundo NBR 5667/80, os hidrantes devem ser pintados na cor vermelha e instalados no passeio público pela agência concessionária de água no município para serem utilizado como suprimento de água em combate em incêndios.

Hidrantes de Belém


Belém conta hoje com 83 hidrantes, sendo que destes 79 do tipo hidrante coluna, 3 tipo coluna de hidrante e 1 hidrante subterrâneo.

Com as informações sobre a situação atual dos hidrantes foi elaborado um planilha de dados que posteriormente foi geocodificados para gerar uma tabela de atributo com informações georreferenciados, ou seja, o processo resultou em um arquivo shapefile de feições pontuais com as informações sobre localização dos hidrantes que consiste basicamente em um plano de informação com a localização estimada de todos os hidrantes de Belém (figura 1).

Figura 1: Base hidrantes de Belém geocodificado e exportado para shapefile.
Fonte: Elaboração SANTOS, L.S., (2012).

1 – Conceito de Hidrante Urbano;
O hidrante urbano de incêndio é definido como um aparelho de ferro fundido, instalado na rede pública de água pela concessionária de água da cidade ou região administrativa, com o objetivo de abastecer as viaturas do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal para o combate a incêndios e outras operações. A NBR 5667 define como “aparelhos ligados aos encanamentos de abastecimento d’água que permitem a adaptação de bombas e/ou mangueiras para o serviço de extinção de incêndios”.

2 – Quem são as pessoas e órgãos autorizados a usar Hidrantes Urbanos?
Conforme previsto no Decreto N° 5.555, de 31 de outubro de 1980, especificamente no art. 28, os hidrantes são de uso privativo da CAESB e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. Os infratores estão sujeitos às penalidades legais, sem prejuízo da apuração do volume de água desperdiçado, bem como de outras despesas decorrentes de danos ao hidrante e/ou à rede de abastecimento de água.

Resumindo somente é autorizada a utilização do hidrante urbano de incêndio ao militares do CBMDF e servidores da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal – CAESB.

3 – Atribuições dos órgãos públicos quanto a hidrantes urbanos
Cabe a CAESB: instalar, remover, substituir, remanejar e realizar toda a manutenção necessária para manter o hidrante urbano em plena condição de uso para abastecimento das viaturas do CBMDF.

Cabe ao CBMDF, por meio do da Seção de Hidrante Urbano – SEHUR, como órgão de execução do DESEG: executar atividades operacionais de cadastramento, atualização e inspeção em todos os Hidrantes do Distrito Federal, enviar mensalmente a CAESB relatório constando todas as alterações para manutenções e consertos necessários aos hidrantes urbanos da região administrativa inspecionada e emitir Parecer Técnico para instalação, remanejamento e remoção de hidrantes em todo o Distrito Federal.

4 – Qual a legislação em vigor quanto a Hidrantes Urbanos?
Decreto n° 5.555 (de 31 de outubro de 1980), NBR 5667-1 e NBR 12218.

5 – Como proceder para solicitar conserto/reparo de Hidrante Urbano?
Em caso de hidrante danificado ou sem condições de uso, qualquer cidadão poderá entrar em contato com a Seção de Hidrante (3901-3450) ou CAESB (115), informando o dano e/ou necessidade de reparo no hidrante urbano, bem como denunciar má utilização do equipamento (por exemplo: lavagem de carro por parte de flanelinha), para que sejam tomadas as devidas providências.

6 – Como denunciar má utilização do HU (por exemplo: lavagem de carro por parte de flanelinhas);
O CBMDF lembra que roubo de água de hidrante urbano é crime. Para denunciar tal situação, pode-se ligar gratuitamente para o 190 (Polícia Militar) para denunciar o caso. Posteriormente pede-se para ligar para 115 (CAESB) e também informar a SEHUR pelo número 3901-3450, que sempre está em constante contato com o Centro de Inteligência do CBMDF para investigação e fragrante do delito, se for o caso. Pode-se ainda acionar o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal pelo 193 (a qualquer dia ou horário).

7 – Como solicitar a instalação e/ou remanejamento de Hidrante Urbano;
Em caso de remanejamento, o interessado deverá protocolar solicitação por escrito junto a DESEG, e este por sua vez despachará a referida solicitação a Seção de Hidrante, que por sua vez ficará responsável em inspecionar e emitir um Parecer Técnico sobre a viabilidade ou não de se remanejar o aparelho, indicando o local ideal para o remanejamento e por fim informar ao interessado que todo custo é por conta do solicitante.

Referências:
Do cafezinho. Disponível em: http://docafezinho.com.br/?p=16642

5 de outubro de 2012

Mapas podem ajudar no combate a incêndios em centros urbanos

Mapas podem ajudar a revelar nas operações de combate a incêndio urbano

Em São Paulo um estudo realizado por Sarah Fernandes revela “coincidência” entre favelas incendiadas e operações urbanas de SP.

As favelas da capital paulista que sofreram incêndios nos últimos anos estão concentradas nos perímetros das chamadas operações urbanas projetadas pela prefeitura, sejam as já iniciadas ou as ainda em planejamento. É o que mostra um levantamento produzido pela Rede Brasil Atual sobrepondo os endereços das últimas ocorrências com as áreas a serem afetadas pelas políticas de reurbanização de Gilberto Kassab.

O que é uma operação urbana?

É um instrumento de intervenção política no espaço urbano – legalmente consolidado no Estatuto da Cidade de 2001 – que define áreas interessantes para intensificar o uso do solo. São lugares estratégicos, onde o poder público investe em infraestrutura adicional, como obras viárias, saneamento e remoção de favelas e cortiços, “abrindo espaço para empreendimentos imobiliários privados”, de acordo com o site da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP).

São Paulo possui hoje quatro operações urbanas em vigor (Água Branca, Centro, Faria Lima e Água Espraiada) e mais três a serem iniciadas (Lapa-Brás, Rio Verde-Jacu e Mooca-Vila Carioca). O Plano Diretor da cidade, de 2002, previu 13 áreas interessantes para o poder público formular operações urbanas.

Segundo Sarah (2012), o traçado georreferenciado das operações urbanas previstas no Plano Diretor da cidade foi cedido pela Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa). Como a administração municipal tem autonomia de alterar o traçado, também foram utilizadas informações de mapas disponíveis nos sites da prefeitura.

Ao todo foram georreferenciados 89 dos 103 endereços de incêndios em favelas que constam no documento entregue pela Defesa Civil para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Incêndios em Favelas da Câmara Municipal. Para a elaboração do mapa foi usado o sistema colocado à disposição pela empresa Google. As ocorrências vão de janeiro de 2008 a agosto de 2012. Confira o resultado:



A Defesa Civil paulistana registrou no período de estudo: 103 incêndios em favelas entre 2008 e 2012, o Corpo de Bombeiros contabiliza 530 ocorrências no mesmo período, de acordo com informações cedidas pela corporação àRede Brasil Atual. Só neste ano foram registrados 68 incêndios em favelas.

As operações Águas Espraiadas e Faria Lima chamam particularmente a atenção por concentrarem incêndios dentro do seu perímetro ou nas suas proximidades. As operações ainda não iniciadas Lapa-Brás, Rio Verde-Jacu e Mooca-Vila Carioca – que foram licitadas pela prefeitura em 2011 – já concentram grande parte das ocorrências.

“Eu estranho essa coincidência. Nós nos perguntamos por que ocorrem mais incêndios em áreas mais valorizadas e menos na periferia, sendo que as favelas da periferia são muito maiores? Será que as das áreas valorizadas têm mais risco de incêndio? Eu não vejo essa correlação”, afirma a diretora executiva do Movimento Defenda São Paulo, Lucila Lacreta.
A prefeitura foi procurada pela Rede Brasil Atual para se posicionar sobre a correlação entre os incêndios em favelas e as operações urbanas da cidade, mas nenhuma resposta foi apresentada até o fechamento da reportagem.

Lucila lembra que, originalmente, as operações previam projetos de urbanização das favelas. “A proposta é que elas tenham uma solução urbanística e que as pessoas continuem morando naquele perímetro, mas isso é muito difícil de acontecer”, avalia. “Esses terrenos que sofreram incêndios estão em áreas muito valorizadas ou que passarão por valorização, com grande aporte de investimento público e imobiliário. E a favela atrapalha”.

O coordenador estadual da Central de Movimentos Populares, Raimundo Bonfim, concorda. As operações urbanas, em tese, são instrumentos para fazer intervenções em áreas consideradas degradadas, para recuperá-las e construir moradias de interesse social nelas. Mas, diz o ativista, em São Paulo tem funcionado ao contrário. "Pegam determinadas áreas para fazer especulação imobiliária e 'limpar' moradores de baixa renda para construir grandes obras ou para favorecer o mercado imobiliário.”

A Câmara dos Vereadores instalou a CPI dos Incêndios em abril deste ano para “apurar as causas e responsabilidades pela recorrência dos incêndios em favelas no Município de São Paulo”, de acordo com as atribuições descritas no site da Câmara Municipal. Apesar disso, apenas duas reuniões de investigação foram realizadas até agora, ambas neste mês. Isso porque os outros encontros não conseguiram atingir a presença mínima de quatro vereadores da comissão, todos aliados do prefeito Gilberto Kassab.

A CPI chegou a requerer junto ao Corpo de Bombeiros um registro completo das ocorrências, porém a corporação informou, por meio de documento oficial, que “não é a autoridade competente para realização de perícias e consequentemente identificação de causas”. E a investigação segue sem avanços.

O relator e o vice-presidente da CPI só foram definidos no começo deste mês, após uma série de quatro novos incêndios em favelas da cidade. Na reunião seguinte, os vereadores participantes ouviram o coordenador-geral da Defesa Civil, Jair Paca de Lima, que na ocasião afirmou que o tempo seco é um dos principais agravadores dos incêndios – desconsiderando que muitas das ocorrências ocorreram em condições climáticas diferentes.

O que revela os mapas de incêndio em Belém?

Em Belém as chamadas de incêndio em 2011 ocorreram a qualquer hora do dia, contudo, alcançaram seu maior valor às 17 horas com 31 ocorrências de incêndios. Observa-se na Figura 1, uma evolução nas chamadas de incêndios entre os horários de 7horas e 17 horas e uma redução considerável nos horários das 13 horas no ano de 2011.


O mapeamento de densidade de incêndio tem revelado áreas com uma nítida concentração de incêndio nos bairros mais populosos. Existe uma sazonalidade nas concentrações de incêndio no decorrer do ano. Observa-se um deslocamento na mancha de incêndio na cidade de Belém, começando no Centro Histórico e se espalhando por toda a cidade.

No mês de agosto, como maior número de atendimentos de incêndios, registrou-se 73 intervenções do corpo de bombeiros que corresponde a (14%) do total de ocorrências, significando uma média de dois incêndios ao dia.

Distribuição das ocorrências de incêndio de Belém no de 2011. Fonte: Elaboração Santos, L.S.

Uma análise preliminar usando-se o Mapa de Kernel tem-se espalhamento de pontos críticos nos bairros do município de Belém, sendo de fundamental importância para implantação de ações de prevenção principalmente nos meses de agosto e outubro. A média de atendimento em 2011 foi de 41 incêndios por mês, ou seja, mais de um incêndio ao dia.

A análise dos padrões pontuais das ocorrências de incêndio o pode auxiliar os órgãos responsáveis na elaboração de medidas de prevenção e ainda servir de apoio para uma política adequada de planejamento de distribuição de recursos destinados à proteção contra incêndio urbano.

Outra análise importante é o levantamento e tratamento de informações relativo aos hidrantes instalados na rede de distribuição de água.


O resultado através de mapas revelam a localização aproximada dos hidrantes, sua estrutura física e adensamento, possibilitando termos uma visão diferenciada da situação atual dos hidrantes urbanos na capital, principalmente no Bairros da Campina.


Assim, os mapas podem ajudar a revelar nas operações de combate a incêndio urbano. A análise dos padrões pontuais das ocorrências de incêndio pode auxiliar os órgãos responsáveis na elaboração de medidas de prevenção e ainda servir de apoio para uma política adequada de planejamento de distribuição de recursos destinados à proteção contra incêndio urbano.


Referências Bibliográficas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT 5667-2: Hidrantes urbanos de incêndio de ferro fundido dúctil – Requisitos. Parte 2: Hidrantes subterrâneos. Rio de Janeiro, 2004.

CÂMARA, G.; MONTEIRO, A.; MEDEIROS, J. (ed). Introdução à Ciência da Geoinformação. INPE: São José dos Campos, 2004. Disponível em: . Acesso em: out.2011.

FITZ, P.R. Geoprocessamento sem complicação. São Paulo: Oficina do Texto, 2008.

GARCEZ, A. B. Análise de situação dos hidrantes na rede de distribuição de água da cidade de Foz do Iguaçu. (Trabalho de Final de Curso, apresentado à banca examinadora da Faculdade Dinâmica de Cataratas – UDC, para obtenção do Título de Engenharia Civil), Paraná, 2007.

GONÇALVES, P. R, O Uso de SIG no Corpo de Bombeiros: Uma Proposta de Modelo de Implementação. Faculdades Claretianas, São Paulo.

GUIMARÃES, L. H. R, Espacialização da Criminalidade no Centro Histórico de Belém: O Uso do geoprocessamento para definição de diretrizes de intervenção. (Trabalho final de graduação apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade da Amazônia – UNAMA), Belém, 2009.

GUSTAVO, L. S. Propostas de Medidas de Prevenção Contra Incêndio no Centro Histórico de Belém. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – FAU. UFPA.

HIDRANTES de coluna. São Paulo: Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, 2005. (Instrução técnica, nº 34 de 28/02/2005).

HIDRANTES de coluna. Goiás: Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás, 2007. (Instrução técnica, nº 34 de 05/07/2007).

SANTOS, L. S., SILVA, O. M. Mapeamento dos hidrantes do Centro de Histórico de Belém através de técnicas de geoprocessamento. Tucuruí; Evento: III seminário de Iniciação, Científica Tecnológica e Inovação das Instituições de Ensino Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado do Pará.

MEIRELLES, P.; MARGARETH. S.; CÂMARA, G. Geomática: modelo e aplicações ambientais. Brasília, DF: Embrapa informações técnicas, 2007.

MANUAL de fundamentos do corpo de bombeiros: comunicações. São Paulo: Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo. 1997b. v. 11.

SOUSA, K. F. Uso de Geotecnologia no Mapeamento e Localização de Hidrantes de Coluna do Centro de Terezina-PI.

http://brasiliaempauta.com.br/artigo/ver/id/809/nome/Mapa_revela_coincidencia_entre_favelas_incendiadas_e_operacoes_urbanas_de_SP

30 de agosto de 2012

Principais páginas de GPS Garmin 12XL




Principais páginas do GPS Garmin 12XL


Distribuição das páginas do GPS Garmin 12XL


Procedimentos de PDI para o mapeamento do uso e cobertura das terras

OBJETIVO

Geração de mapeamento do uso e cobertura da terra através de processamento digital de imagens (PDI).

METODOLOGIA DO TRABALHO

A metodologia desse trabalho compreende o mapeamento do uso e cobertura da terra, tendo como principal recorte a área de aproximadamente 4.000 Km² que está localizada no limite de duas cenas tomadas pelo satélite Landsat (figura 1). Para isso, foi necessária a aquisição das imagens. As imagens escolhidas foram do sensor TM/Landsat-5 (órbita/ponto 223061 e 22461), passagem o dia 21/08/2008 e respectivamente, disponibilizado de forma gratuito pelo Instituto Nacional e pesquisa Espacial (INPE, 2011).


Figura 01. Área de estudo.

A figura 02 - representa o fluxograma de procedimentos metodológicos para geração da imagem sintética.


Para o processamento digital de imagem, utilizou-se o software Erdas Imagem 8.3.1, que compreendeu as seguintes operações: Composição colorida RGB. No presente trabalho foram utilizadas imagens Landsat-5, bandas 2,3 e 4 do sensor TM. Realizou-se a seguinte combinação: 2(B), 3(G) e 4(R). As principais características das bandas espectrais do sensor Thematic Mapper do Landsat-5, podem ser vistas na tabela 1.

Tabela 1. Característica das bandas espectrais 2, 3 e 4 do sensor Thematic Mapper do Landsat 5.

Banda 2: 0,52 – 0,60µm (verde). Essa banda cobre a região entre as bandas de absorção pela clorofila no azul e no vermelho e responde à reflectância da vegetação sadia no verde.

Banda 3: 0,63 – 0,69µm (vermelho). Essa é a banda vermelha de absorção por clorofila da vegetação verde sadia e é útil para discriminação da vegetação. É também útil para delinear os limites de classes de solos e tipos de rochas. Essa banda pode exibir mais contrastes o que as bandas 1 e 2 devido ao efeito reduzido da atenuação atmosférica. O limite superior de 0,69 µm é importante porque compreende o início de uma região espectral de 0,68 a 0,75 µm em que a refletância muda abruptamente (borda vermelha ou red edge), o que pode reduzir a precisão das investigações da vegetação.

Banda 4: 0,76 – 0,90 µm (infravermelho próximo). Pelas razões discutidas anteriormente, o limite inferior dessa banda foi posicionado acima de 0,75 µm (termino da borda vermelha). Esta banda é muito sensível à quantidade de biomassa da vegetação e/ou área foliar presente. É útil para identificação de cultura e para realçar contraste entre solo/cultura e terra/água.

Fonte: Jensen, John R. 1949 – Sensoriamento Remoto do Ambiente. p. 207.

A cena 223061 teve de ser reprojetada para o datum WGS-84, devido estar com o sistema de coordenadas em datum SAD-69 e com valores de coordenadas UTM inválidos para a referida área. A cena 223061 foi georreferenciada com base na cena 224061 com datum nativo WGS-84 e valores de coordenadas UTM válidos. Foi realizado a coleta de pontos de controle e foi rodado o processo de correção geométrica para o georreferenciamento baseado no modelo polinomial de 1º grau.

Foi checado a sobreposição das cenas através do comando Swipe com excelentes resultados de encaixe nas áreas de intersecção das cenas. Com as cenas compatíveis no mesmo sistema de projeção foi executado o processo de mosaico de imagens, com parâmetros de suavização nas proximidades da linha de corte das partes sobrepostas das cenas e método de equalização das duas cenas banda por banda.

Após análise do resultado do mosaico, que por sua vez teve foi satisfatório, realizou-se o recorte de uma área de interesse de 4.000 km² (64 km x 64 km) situada na adjacência das cenas. Para otimizar a nitidez da imagem foi executado o realce através de contraste com o método linear, em seguida aplicou-se um filtro de convolução de realce de bordas (3x3 Edge Enhance).

Por fim, aplicou-se uma classificação não supervisionada, utilizando o classificador Unsupervised Classification (Isodata), com 50 classes. Para classificar as feições em níveis de cinza do layer, foram utilizadas as seguintes classes de agrupamentos: água, antropismo, vegetação densa e vegetação, obtendo-se como produto final um mapa temático de uso e cobertura de terras com 4 classes (figura 03).



Figura 03. Produto da classificação não supervisionada.

Autores:
Leonardo Sousa dos Santos

Luis Henrique Rocha Guimarães

Referências Bibliográficas
FLOREZANO, Teresa Iniciação em Sensoriamento Remoto – São Paulo: Oficina do Texto, 2007.

FITZ, Paulo, Geoprocessamento sem complicação. São Paulo: Oficina do Texto, 2008.


14 de agosto de 2012

BELÉM GPS - AUTORIZADA GARMIN EM BELÉM


Belém ganha uma revendedora autorizada GARMIN


Belém GPS é uma loja virtual que tem sua base administrativa em Belém do Pará, trabalha com pronta entrega e com pedidos específicos exclusivamente no ramo de aparelhos de navegação por satélite : Portatéis (Outdoors), Automotivo, GPS com Câmera e outros

A Belém GPS é a única revenda oficial da GARMIN no Pará, e atende com facilidade os Estados do Amapá, Tocantins e Maranhão.

O consultor técnico da empresa é o Professor Magno Macedo que possui mais de 15 anos de experiente profissional na área de Geotecnologias.

A Belém GPS chega com muitas promoções para a linha de GPS Etrex 10 que está custando apenas
R$ 399.00, o menor preço no Brasil!


Figura 1 - GPS Etrex 10

Para capital paraense a loja está com pronta entrega, porém é bom correr, pois restam poucas unidades.

Veja e confira a Belém GPS:
Facebook: BelémGPS
Twitter: @magnoncg

25 de julho de 2012

REDE BRASIL-AMAZÔNICA DE GESTÃO ESTRATÉGICA DE DEFESA E SEGURANÇA PÚBLICA E DESENVOLVIMENTO


Trata-se de um projeto de pesquisa que busca fazer uma análise interdisciplinar de temas relevantes para a questão da segurança pública nas fronteiras e nas cidades da Amazônia, entre os quais narcotráfico, contrabando, biopirataria e criminalidade.

É o que pretende o projeto terá a duração de cinco anos. Segundo professor e pesquisador, Aiala, “buscaremos realizar nossas políticas a partir da Geografia, da Ciência Política, das Ciências Jurídicas, da Economia, dentre outras que tenham interesses na temática".


A Pesquisa é composta pelos pesquisadores Durbens Martins Nascimento (Naea/UFPA), Jarsen Luis Castro Guimarães (Ufopa), e mais Aurilene Gomes e Wando Miranda. "Isso não exclui a possibilidade de alunos de graduação ou pós graduação participarem como colaboradores do projeto de pesquisa", acrescenta ele.

Entre os objetivos do projeto estão, segundo Aiala, a construção, a partir de várias pesquisas, de uma reflexão crítica sobre o papel da Amazônia no contexto da defesa nacional e da segurança pública, visto que existe uma preocupação geopolítica em relação à região amazônica no que diz respeito à defesa nacional.

"A imensa fronteira em grande parte em áreas de baixa densidade demográfica, a localização próxima aos principais produtores de cocaína do mundo, a presença de guerrilhas em países vizinhos, além da questão que envolve os recursos naturais e o meio ambiente, são temas de interesses não apenas brasileiro, mas também de países que tem um certo ‘interesse’ na Amazônia.

A Amazônia tem um papel singular para a economia internacional do tráfico de drogas. E, por isso, não podemos desconsiderar a funcionalidade que a região exerce nesse contexto", explica o pesquisador da Uepa.

Na prática, a pesquisa busca criar projetos de teses de doutorado que estejam relacionados ao tema central do projeto. "Isso acarretará na construção de um banco de dados a partir da análise de documentos, relatórios, referenciais teóricos e pesquisas de campo", diz o professor Aiala.

Segundo ele, o resultado trará a possibilidade de se pensar em políticas públicas que dêem resultados positivos no combate à criminalidade e à violência urbana.

“Pois, em nosso entendimento, existe uma lacuna muito grande entre as políticas públicas de segurança e o resultado de pesquisas realizadas sobre a temática”.

 Figura 2 - Prof. e Pesquisador Aiala

“Temos interesse de produzir resultados que sejam levados em consideração pelas políticas de Estado”, afirma.
 
Fonte:
http://www2.ufpa.br/naea/det_noticias.php?id_noticia=883
http://agbbelem.webnode.com.br/news/rede-brasil-amazonica-de-gest%C3%A3o-estrategica-de-defesa-e-seguran%C3%A7a-publica-e-desenvolvimento/

24 de julho de 2012

CÁLCULO DE AZIMUTE E RUMO EM EXCEL



Antes devemos compreender os conceitos de azimute e rumo e bússola.

O AZIMUTE (AZ) - são ângulos gerados entre a direção do norte-sul magnético e a direção do alinhamento visado. A amplitude destes ângulos varia de 0º a 360º no sentido horário.

RUMO - São ângulos gerados entre a direção norte ou sul magnético e a direção do alinhamento, ou seja, os rumos tem por origem a direção norte ou sul.

A BÚSSOLA - é um instrumento destinado à medida de ângulos horizontais e à orientação no terreno. A bússola é um goniômetro (instrumento com que se medem ângulos) no qual a origem de suas medidas é determinada por uma agulha imantada que indica uma direção aproximadamente constante que é o Norte Magnético (NM).

Como determinar um azimute com a Bússola.

Agora suponha que você quer determinar o azimute de um ponto de referência. Ponto de uma árvore, por exemplo:

1. Aponte a bússola para a direção que você deseja caminhar (Árvores)

Figura 1 - Visada do objeto pelo entalhe da mira

2. Determine o valor do azimute rodando o mostrador da bússola, de modo que a seta nele desenhada fique coincidente com a parte vermelha da agulha magnética.
Figura 2 - Nivelando a bússola

3. O grau que estiver alinhado com a linha de fé é o azimute do nosso ponto de referência.
Figura 3 - Calculando o azimute

Quando se caminha, segundo um azimute, com a finalidade de atingir determinado ponto específico, caso se tenha conhecimento da distância que dele se está, deve-se utilizá-la como meio da passada individual, geralmente aferida antecipadamente. A aferição consiste na verificação do número médio de passos que cada indivíduo executa ao percorrer, em terreno variado, uma distância pré-estabelecida, normalmente, 100 metros.

Cálculo de azimutes rumo em planilha de Excel.

Contudo, quando não temos a bússola, mas, temos as coordenadas pode-se calcular o azimute e o rumo através de uma vasta gama de softwares disponíveis no mercado, especialmente, desenvolvidos para a área de topografia.

Se você não sabe determinar coordenadas em carta topográfica leia:
Assim, deixo a disposição um link (http://www.amiranet.com.br/downloads) que disponibilizou uma tabela em Excel que pode ajudar na determinação destes ângulos notórios e outros cálculos como por exemplo:

• Transformação de Sistemas Geodésicos,
• Cálculo do azimute a partir do ângulo horizontal,
• Cálculo das projeções e coordenadas e
• Outros.

MAPAS DA AMAZÔNIA - Imazon


O Imazon é um instituto de pesquisa cuja missão é promover o desenvolvimento sustentável na Amazônia por meio de estudos, apoio à formulação de políticas públicas, disseminação ampla de informações e formação profissional.

Fundado em 1990, e sua sede fica em Belém, Pará. Em 21 anos de existência, o Imazon publicou mais de 400 trabalhos técnicos, dos quais cerca de 170 foram veiculados como artigos em revistas científicas internacionais ou como capítulos de livros.

Além disso, o Instituto publicou 100 artigos técnicos, 48 livros , 18 livretos , 20 números da Série Amazônia e 20 números da série O Estado da Amazônia, além de 40 publicações classificadas como Mapas de:

Manejo Florestal Comunitário

Assentamento de Reforma Agrária

Área protegidas da Amônia Legal

Pólo madeireiro

Amazônia Legal

Desmatamento acumulado da Amazônia 2007 – 2011

Desmatamento mensal da Amazônia Legal 2010

Desmatamento mensal da Amazônia Legal 2011

Fica a sugestão deste site de pesquisa e grande contribuição para Amazônia.

23 de julho de 2012

ORIENTAÇÃO E NAVEGAÇÃO DE AVENTURA


O que é orientação e Navegação de Aventura?

É um esporte no qual, a pé ou através de um meio de transporte não motorizado, percorre-se um percurso previamente determinado, descrito em um mapa de orientação e balizado por pontos de controle, em meio aos mais variados terrenos: Florestas, campos, parques, áreas urbanas e etc.

O principal diferencial deste esporte em relação aos demais, é o fato de que  deve-se ter a capacidade de interpretar sinais, determinar posições em relação ao terreno e buscar caminhos que facilitem a progressão sobre o mesmo.

Este é um prática de esporte que pode ser praticado por pessoas de todas as idades. Seus benefícios vão além da saúde física, sobretudo na parte mental, pois para quem o pratica regularmente proporciona o desenvolvimento da auto-confiança, estimula a tomada de decisões, ensina a estabelecer metas, cumprir e alcançar objetivos.

Como praticá-lo?

Para praticar este esporte não é necessário possuir uma grande forma física, nem conhecimento prévio sobre regras. Basta saber "ler" um mapa de orientação e dependendo do terreno e do grau de dificuldade do percurso escolhido, a utilizar uma bússola e GPS.

O mapa de orientação

Um mapa de orientação é a representação gráfica, em escala, detalhada e colorida, de todo o terreno pelo qual será percorrido um determinado trajeto. Nele encontramos informações sobre o relevo, edificações, tipos de vegetação, redes de estradas, trilhas e outros aspectos relevantes que auxiliam a orientação em uma área desconhecida, além dos pontos de controle pelos quais, obrigatoriamente, deve-se passar.

Todavia, pode-se utilizar outros modelos de mapas, mas, este devem ser em uma escala grande.

Figura 01: Mapa temático utilizado em Corridas de Aventura.

Pode-se utilizar também mapas confeccionados em programas como GPS TrackMaker. Logo, o importante é que este mapa possua detalhes da área onde se pretende navegar.

Onde praticar orientação e navegação em Belém?

Uma boa opção para prática de orientação e navegação de aventura é o Parque Ambiental do Utinga que oferece um área de 1.340 hectares. O parque apresenta vários tipos de vegetação: da terra firme típica da floresta até áreas alagadiças como várzeas. Matas, capoeirões e capoeiras também abrigam centenas de mamíferos, aves, répteis e anfíbios.

Lá também estão localizados os mananciais dos lagos Bolonha e Água Preta, que abastecem mais de 60% da população metropolitana de Belém, o que torna possível conhecer a Estação de Tratamento de Águas durante uma visita.

O Parque Estadual do Utinga (Peut) criado em 1993 é uma área de preservação mantida pela SEMMA - Secretaria Estadual de Meio Ambiente, com o apoio do BPA - Batalhão de Policiamento Ambiental, que realiza a segurança, fiscalização, proteção e ainda utilizasse do espaço para fazer a soltura de animais e treinamento militar.

Figura 02: Mapa temático do Parque Ambiental do Utinga.
Fonte: Elaboração Própria, 2011.

O Parque ainda recebe em seu espaço o Exército, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Corpo de Bombeiro Militar, que utiliza a área para desenvolver atividades de treinamento de busca e resgate em área de selva.

Figura 3: Equipe do Corpo de Bombeiros Militar desenvolvendo atividade de orientação e navegação em área de cobertura vegetal. Foto: Arquivo Leonardo Sousa.

O Parque também oferece atividades de "Educação, Lazer e Turismo. Lá pode-se receber educação ambiental com palestras, assistem a vídeos educativos e a teatro de fantoches

Contudo, para prática de trilhas, caminhadas, orientação e navegação de aventura deve-se ter autorização da SEMMA e o acompanhamento do Batalhão de Policia Ambiental, Corpo de Bombeiros Militar ou empresa credênciada e especializada nesta modalidade de esporte.


Referência

EXPANSÃO URBANA X COBERTURA VEGETAL


O advento do sensoriamento remoto de base orbital propiciou muitas vantagens para o estudo de fenômenos ambientais, porque permite uma cobertura global de diferentes áreas da terra, os diferentes sensores abordam dos satélites ampliam a sensibilidade humana, o tratamento digital, melhora a qualidade das imagens e facilita a identificação dos alvos de estudo, além da disponibilidade de um arquivo histórico de imagens sendo obtidas sistematicamente que permitem acompanhar fenômenos globais como a perda da vegetação em áreas urbanas (Luz et. al. 2006).

Na atualidade existem diferentes procedimentos para o levantamento da cobertura vegetal em áreas urbanas por meio de trabalhos de campo, pela analise de cartas topográficas de grande escala, pela interpretação de fotografias aéreas e através da interpretação e tratamento digital de imagens de satélite de base orbital (Lombardo, 1985; Nucci e Cavalheiro, 1999; Luchiari, 2001).

Segundo Santos (2010), nas últimas décadas as pesquisas de mapeamento e quantificação do verde urbano na Amazônia vêm aumentando em decorrência da urbanização intensa e caótica instalada na região a partir da década de 70.

Para a cidade de Belém, o velho marketing de “Cidades das Mangueiras” não se aplica para a atual geografia da cidade. As alterações da qualidade ambiental urbana de Belém podem ser constatadas na expansão horizontal da cidade com o aumento das áreas construídas, pavimentação asfáltica, crescimento da verticalização na área central, aumento da frota de veículos com congestionamento das vias públicas, poluição do ar, poluição sonora e retração da vegetação urbana (Luz et. al. 2006).

De acordo com Luz (2007), a cidade de Belém já possui reflexos por conta do problema da ocupação urbana desordenada, influenciada principalmente pela perda dos seus últimos remanescentes de vegetação e pela impermeabilização do solo.

O crescimento urbano também é responsável pela expansão irregular da periferia, não levando em consideração as regulamentações urbanas definida em seu Plano Diretor Urbano, ocasionando a ocupação irregular das áreas públicas pela população de baixa renda (LUZ & RODRIGUES, 2007).

As ocupações irregulares também estão afetando a distribuição espacial da cobertura vegetal em áreas urbanas e os resultados é a escassez de cobertura vegetal na área de Belém, sobretudo nas áreas que abrigam a população de baixa renda (SANTOS, 2010).

Os dados gerados correspondentes às datas de 25/06/1979 (figura 1) e 09/08/2006 (figura 2) mostram que a classe vegetação teve uma redução ocasionada principalmente pelo avanço da ocupação humana, o que pode ser confirmado através dos dados obtidos para a classe urbano/solo exposto que passou de 8,32% registrado em 1979 para 14.89% em 2006 (tabela 14). A maior perda de vegetação ocorreu na parte nordeste da Região Metropolitana de Belém (SANTOS, 2010).

Figura 1. Mapa de uso e ocupação de 1979
Fonte: Santos, 2010.

Figura 2. Mapa de uso e ocupação de 2006
Fonte: Santos, 2010.


Tabela 1. Classes de cobertura do solo.
Fonte: Santos, 2010.

De acordo com estudos sobre o Índice da Cobertura Vegetal nas cidades, o recomendável de arborização para o adequado balanço térmico nas áreas urbanas está em torno de 30%, em áreas onde o índice de arborização é inferior a 5%, as características climáticas se assemelham a regiões desérticas (LUZ, 2007 apud Lombardo, 1985).

Neste sentido, as pesquisas têm demonstrado que a cobertura vegetal nas cidades desempenha importante papel na manutenção ecológica, na saúde mental dos habitantes e nas funções sócio-educativas (LUZ, 2007).

No que concerne ao município de Belém, a retração da vegetação pode ter impacto significativo na vida dos habitantes e ecossistemas em geral, uma vez que as baixas latitudes equatoriais recebem uma grande quantidade de insolação o ano todo, com a perda da cobertura vegetal o processo de evapotranspiração diminui consideravelmente, elevando a temperatura da cidade (LUZ & RODRIGUES, 2007).

A esse respeito Lombardo (1990), chama a atenção para a importância dos estudos da qualidade ambiental em áreas urbanas, sobretudo nas baixas latitudes que poderão auxiliar a criação de modelos para subsidiar no planejamento urbano. Contudo, este estudo também podem revelar aspectos da qualidade ambiental e ainda indicar a qualidade de vida da população que vive nesses espaços.


Referências Bibliográficas

LUZ, L. M. Mapeamento da cobertura vegetal da Área Central do município de Belém PA, através de sensores remotos de base orbital (sensor TM, LANDSAT 5 e sensor CCD, CBERS 2). Anais XIII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Florianópolis, Brasil, 21-26 abril 2007, INPE, p. 1063-1070.

SANTOS, F. A. Alagamento e inundação urbana: modelo experimental de avaliação de risco. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais) – Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Museu Paraense Emilio Goeldi e EMBRAPA, Belém, 2010.

Representações Cartográficas

Globo - representação esférica, em escala pequena, dos aspectos naturais e artificiais de uma figura planetária, com finalidade ilustrativa.

Mapa - representação plana, em escala pequena, delimitada por acidentes naturais ou políticos-administrativos, destinada a fins temáticos e culturais.

Cartas - representação plana, em escala média ou grande, com desdobramento em folhas articuladas sistematicamente, com limites de folhas constituídos por linhas convencionais, destinada a avaliação de distância e posições detalhadas.

Planta - tipo particular de carta, com área muito limitada e escala grande, com número de detalhes consequentemente maior.

Mosaiso - conjunto de fotos de determinada área, montadas técnica e artisticamente, como se o todo formasse uma só fotografia. Classifica-se como controlado, obtido apartir de fotografia aéreas submetidas a processos em que a imagem resultante corresponde à imagem tonada na foto, não controlado, preparado com o ajuste de detalhes de fotografia adjacentes, sem controle de termo ou correção de fotografia, sem preocupação com a precisão, ou ainda semicontrolado, montado combinando-se as duas características descritas.

Fotocarta - Mosaico controlado, com tratamento cartográfico.

Ortofotocarta - fotografia resultante da transformação de uma foto original, que é um perspectiva central do terreno, em uma projeção ortogonal sobre um plano.

Ortofotomapa - conjunto de várias ortofotocartas adjacentes de uma determinada região.

Fotoíndice - montagem por superposição das fotografias, geralmente em escala reduzida. É a primeira imagem cartográfica da região. É o insumo necessário para controle de qualidade de aerolevantamentos utilizados na produção de cartas de método fotogramétrico.

Carta Imagem - imagem referênciada a partir de pontos identificáveis com coordenadas conhecidas, superposta por reticulado da projeção

Revista Geografia, Conhecimento Prático, n 23, p 54. ed. Escala