Figura 1 - Hidrantes em situação de abandono em Parauapebas.
“A situação está precária, pois existem muitos hidrantes e nem mesmo um que funcione adequadamente”, lamenta Major Luiz Cláudio, comandante do Subgrupamento de Bombeiros Militar em Parauapebas. O comandante admite que o abastecimento da viatura de combate a incêndio é feita em pontos distantes e por gravidade já que os hidrantes que funcionam não possuem pressão suficiente para abastecimento.
O desgaste dos hidrantes, segundo informou o comandante, se deu pela ação do tempo e dos vândalos que retiram peças para vender como sucata.
Mas no caso do que pode ser visto na foto, amarrado com cordas e torniquete, já faz algum tempo que desperdiça água e não recebeu nenhuma atenção dos responsáveis. O hidrante fica na calçada de um prédio público, a escola Paulo Fonteles, e mesmo assim não foi solucionado o problema.
A responsabilidade de instalação e manutenção dos hidrantes é do SAAEP (Serviço Autônomo de Água e Esgotos de Parauapebas), e já que não tem dado manutenção nos hidrantes nem instalado novos, ofereceu como paliativo um caminhão pipa para reabastecer a viatura, no local do incêndio. “Funciona, mas pode chegar um momento em que este também não esteja à disposição”, preocupa-se Luiz Cláudio, dizendo ser melhor que os hidrantes sejam disponibilizados.
O corpo de bombeiros militar possui apenas uma viatura e com as distancias do abastecimento não surte nenhum efeito no combate ao incêndio.
Major Luiz Cláudio diz que caso os hidrantes já existentes funcionassem corretamente já seria razoável para suprir a necessidade da população, mas admite que deveria ser feito levantamento para que se instale mais, principalmente, nos bairros novos. Uma das causas de que os hidrantes diminua, com o tempo, a pressão, é o fato do crescimento populacional que recebe água da mesma tubulação.
“Os incêndios vem aumentando a cada ano, de acordo com o aumento da população. E como as edificações vão ocupando as áreas com vegetação incêndios vêm sendo mais freqüentes na área rural próxima à cidade”, conta Luiz Cláudio, justificando ainda que, em sua maioria, estes incêndios são provocados por pessoas na tentativa de limpar terrenos fazendo uso do fogo. “Ação que se flagrada resultará em detenção do infrator; mas isto se torna difícil, pois o flagrante nunca é feito e o causador sempre acusa um transeunte de ter provocado o acidente”, conclui Luiz Cláudio.(Francesco Costa/Especial para jornal O Regional).
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