Período: 28 a 30 de maio de 2014 https://www.ufmg.br/rededemuseus/crch/simposio2014/programacao2sbch2014.pdf
RESUMO
O trabalho nasce da necessidade de resgatar e
avaliar visualmente o Caixão de areia. Durante a missão da Força Expedicionária
Brasileira (FEB), na Itália, o caixão de areia foi possivelmente utilizado pelos
militares do Brasil em função da variedade dos campos de atuação ou mesmo pela
dificuldade de ser trabalhar assuntos que relacione o lugar, paisagem,
território, relevo na região dos Montes Apeninos, pois, os soldados brasileiros
não possuíam muitos treinamentos em relevos montanhosos. O objetivo deste
trabalho é Modelar a região da batalha do Monte Castello, na Itália, onde a
Força Expedicionária Brasileira (FEB) combateu o Exército Alemão e foi
vitoriosa após 6 meses de intenso confronto. Utilizou-se a metodologia de
representação espacial tridimensional denominada de caixão de areia desenvolvida
nas obras: Curso de topografia Militar de 1944 e Caderno de Instrução, CI-21-5/1
de 1976, sendo o primeiro do Major Uzêda, comandante do 1º Regimento Sampaio da
FEB na Itália e um dos primeiro a combater os Alemães no Monte Castello. O segundo,
uma obra do Estado Maior do Exército Brasileiro. Neste contexto, o caixão de
areia pode ter sido um incrível recurso utilizado na Segunda Guerra Mundial
para ensinar leitura de mapas e/ou carta, pela da Força Expedicionária
Brasileira (FEB), na Itália.
PALAVRAS
CHAVE: Caixão de areia, Modelagem de terreno, Cartografia.
ABSTRACT
The work
stems from the need to rescue and visually assess the box sand. During the
mission of the Brazilian Expeditionary Force (FEB), in Italy, the box of sand
was possibly used by the military of Brazil because of the variety of fields of
expertise or even the trouble of affairs be linking the work place, landscape,
territory, raised in the region of the Apennines, for the Brazilian soldiers
had no training in many mountainous reliefs. The objective of this work is
modeling the region of the Battle of Monte Castello, Italy, where the Brazilian
Expeditionary Force (FE ) fought the German Army and was victorious after 6
months of intense confrontation. We used the methodology of three-dimensional
spatial representation called coffin sand developed in the works: Course
topography Military 1944 and Instruction Booklet, CI -21- 5/1 , 1976, being the
first Major Uzeda, commander of the 1st Regiment Sampaio FEB in Italy and one
of the first to fight the Germans in Monte Castello. The second, a work of
Staff of the Brazilian Army. In this context, the coffin of sand may have been
an incredible resource used in WWII to teach map reading and / or letter, by
the Brazilian Expeditionary Force (FEB), Italy.
KEYWORDS: Box sand, Terrain Modeling, Cartography.
Esse trabalho nasce da necessidade de resgatar e avaliar visualmente o
uso do recurso didático antigo denominado de Caixão de areia para leitura de
mapas e/ou cartas, estudo tático de missões, apronto final brienfng, estudo do terreno, levantamento topográfico de artilharia
e outros.
O caixão de areia[1]
nasce no seio militar e tem um largo emprego nas instruções e ações desenvolvidas
pelas forças militares a partir da Nota de Instrução de número 1.937 de 1941. O
Major Olívio Gondim de Uzêda, no livro intitulado de Curso de Topografia Militar, apresenta o caixão de areia como
recurso de enormes recomendações, no sentido de “facilitar ao máximo a
familiarização com o relevo do solo, fazendo-lhes sentir os acidentes do
terreno, na modelagem do terreno no caixão de areia, instintivamente,
praticando a leitura de cartas e aplicação das leis de modelagem” (UZÊDA, 1944,
p. 428).
Durante a missão da Força Expedicionária Brasileira (FEB), na Itália, o
caixão de areia pode ter sido um instrumento muito utilizado pelo militares do
Brasil, em função do seu largo emprego nos diferentes ramos da instrução
militar, sobretudo na variedade de campos de atuação do Exército na região dos
Montes Apeninos, pois, os soldados brasileiros não eram treinados em relevo
montanhoso.
O ensino de cartografia requer conhecimentos específicos, estratégias
metodológicas e até mesmo pedagógicas para um entendimento efetivo das
temáticas propostas pelo currículo da disciplina. Assim, como então, ensinar
conceitos relativos à noção de espaço e de que forma representá-los a mais de
25 mil homens que fizeram parte da Força Expedicionária Brasileira que
desembarcaram na Itália da combater os Alemães. Eles tiveram conquistas
importantes, mas também sofreram com o relevo dos Montes Apeninos.
O objetivo deste trabalho é construir o modelo reduzido da região de
batalha do Monte Castello e avaliar visualmente a metodologia de representação
espacial tridimensional denominada de Caixão de Areia, proposta pelo Major
Olívio Gondim de Uzêda, comandante do Regimento Sampaio (1ª RI), e primeiro a
combater os Alemães na Itália, sendo reforçado por dois pelotões de Carros de
Combate dos (EUA) mais 1ª Cia do 9º Batalhão de Engenharia de
Combate (para remoção de minas e acompanhamento) e fogos de apoio direto
dos 1º e 2º Grupos de Artilharia 105 mm, reforçado pelas companhias de obuses
105 e do 11º Regimento de Infantaria.
A metodologia desenvolvida neste trabalho partiu de pesquisas e revisão bibliográfica
da obra do Major Olívio Gondim de Uzêda, intitulado de Curso de Topografia Militar de 1944 e outros materiais que
apresentam a utilização e construção do caixão de areia. Identificou-se o Caderno de Instrução número 21 de 1976,
do Estado Maior do Exército Brasileiro, como outra obra que contemplam a
metodologia de construção do caixão de areia.
Na segunda etapa, realizou-se a construção do caixão de areia e posteriormente
a modelagem do terreno da região de Batalha de Monte Castello, na Itália. Para
o trabalho de modelagem do terreno utilizou-se os seguintes materiais: colher
de pedreiro, peneira fina, trena métrica, peneira grossa, dosador, desempenadeira,
esponjas, varetas, pulverizador de água, pó (anilina), espátulas e serragem.
O Curso de Topografia Militar de
1944 pensa o grande e relevante problema da prática do ensino da
cartografia militar e apresenta o caixão de areia como um recurso que tem um
largo emprego no sentido da facilitar ao máximo o trabalho com as relações
espaciais topológicas através da familiarização do relevo e dos acidentes e
organização espaço.
No
combate o caixão de areia assegura o preparo fácil da instrução a ser
ministrada, facilitando-nos fornecermos ao subordinado uma ideia de conjunto e
permitindo-nos uma fiscalização geral das ações desenvolvida em qualquer fase;
desde a colocação da tropa e das armas até aos mínimos detalhes do seu
deslocamento no curso de uma operação; escolha e instalação de ponto de
objetivo (PO) em seu interior deslocamento, funcionamento das transmissões, etc.
(UZÊDA, 1944, p. 428).
São várias as recomendações que acompanham a obra e Segundo Tasso M.
Rego Serra (1941, p.2), “O Curso de
Topografia Militar de 1944, é a obra mais completa que se tenha feito no
Brasil” e tem sua importância, sobretudo, como referência para entendimento da
utilização e construção do caixão de areia, pois, apresenta com detalhes os
materiais utilizados e as dimensões para sua confecção, tendo como ponto de
partida a área que se deseja representar (Figura 1).
O
Sr. Gen. Cmt da 1ª R.M, em anexo a nota de instrução nº1 de 1937 recomenda: “no
sentido de facilitar ao máximo a instrução tática e certos ramos das técnicas
para oficiais e graduados, este comando preconiza o emprego ativo e constante
do caixão, como elemento indispensável a boa marcha da instrução (UZÊDA, 1944,
p. 428).
Outra obra que contempla a utilização e construção do caixão de areia é
o Caderno de Instrução número 21 de
1976, do Estado Maior do Exército Brasileiro. O Caderno de instrução vinte um (CI-21)
tem como objetivo reforça o emprego do caixão de areia, que de forma
inexplicável deixou de ser empregado com frequência desejável. O autor afirma
que isso é “proveniente da desinformação sobre seu valor como meio auxiliar e é
muito provável a necessidade de uma nova orientação quanto à maneira de
construir e utilizá-lo”.
Figura 1 - Curso de
Topografia Militar, do Major Olívio de Gondim Uzêda, 1944, com 412 páginas.
Tendo em vista o aspecto do ensino por meio de diferentes formas
observa-se que o caixão de areia é uma metodologia incrível e eficiente para a
construção de conceitos destinados ao ensino de cartografia, pois, é um recurso
que oferece uma visão oblíqua, vertical, tridimensional e orientada
espacialmente para temas cartográficos como: medidas espaciais, relevo,
escalas, coordenadas. É também um recurso ágil, informal e diversificado, com o
propósito de estimular a imaginação e o encorajamento do uso deste recurso de
representação tridimensional.
O
segredo da incrível eficiência do caixão de areia está no efeito visual
preciso, que é capaz de reproduzir para o instruendo. A experiência tem
demonstrado que a aprendizagem é consideravelmente mais fácil, quando são
empregados meios auxiliares que proporcionem a possibilidade de os instruendo
verem e tocarem os elementos do problema apresentado (CI 21, 1976, p.3).
No meio militar a construção do caixão de areia depende de proporções e
ao fim que se destina. Suas dimensões devem variar com a unidade militar e com
o terreno em que se deseja representar (UZÊDA, 1944, p.428), assim: Para Regimento[1],
caixão de areia com 2.0 m./2.0 m, para Batalhões[2],
caixão com 2.0 m./1.5 m e para Companhias[3],
com 1.0 m/1.5 m. Existem duas categorias de caixões de areia: o provisório, que
pode ser construído no próprio local com matérias in natura e o permanente, construído de madeira com espessura de 3
a 4 cm capaz de resistir ao esforço lateral da areia, Figura 2-a.
Contudo, convém reforçar o fundo com ripas pregada no sentido
transversal ao seu comprimento, Figura 2-b. O caixão deve ser pintado para maior
conservação material.
Figura 2 - Perfis do caixão de areia permanente.
5. MODELAGEM DO TERRENO
“O primeiro problema a ser resolvido na modelagem do terreno no caixão
de areia é determinação da escala horizontal e vertical que devem ser usadas”
(CI-21, 1976, p.25). A escala vertical deverá ser examinada na carta através da
localização dos pontos mais elevados de cotas da região, ou seja, os
centímetros de elevação da areia no caixão deverá representar uma proporção da
distância vertical da elevação.
Conhecida as escalas horizontal e vertical, Figura 3-a, é importante a divisão
do caixão de areia em quadrados com barbantes que correspondam a uma divisão da
carta (quadrículas) ou quadriculas desenhada na carta e/ou imagem que se deseja
reduzir para ser representada. A construção de um sistema de quadriculagem
possibilita a aprendizagem de equivalentes que garante a localização precisa de
qualquer ponto sobre a modelagem, Figura 3-b.
Uma
vez determinado na carta o trecho do terreno que pretendemos modelar nós o
quadriculamos com quadrículas iguais, de tamanho proporcional à escala, e
numerada. Em correspondência a carta no quadriculamos igualmente o nosso caixão
de areia com o mesmo número de quadrículas que as existentes na carta, iniciando
normalmente do centro para os lados de modo que as sobras resultem nos
extremos, o que nos faltará lugares para tiramos ou depositarmos areia em nosso
trabalho (UZÊDA, 1944, p.431).
Para iluminar a modelagem utiliza-se pó (anilina) na cor azul para
identificar os cursos d’água, cor vermelha para traçar as estradas e caminhos e
cor verde para a vegetação, bosques, matas, conforme Figura 3-c.
Podem-se utilizar fitas coloridas, serpentinas, arames
coloridos, ponta de pequeno galho de arbustos que representam muito bem as
árvores isoladas, pequenos tacos de madeira representarão edificações e obras
de arte, e assim, valer de diversos recursos para complementarmos os detalhes
do trabalho de modelagem espacial (UZÊDA, 1944, p.430).
Figura 3 - Etapas de modelagem do terreno no caixão de
areia.
A equipe à construção do caixão de areia a rigor:
Segundo
Major Uzêda (1944, p.430) depende de sua extensão, exigindo um diretor e dois auxiliares
que orientados tecnicamente possam intervi em pontos mais delicados - escolha
da escala, quadriculagem da carta e do caixão de areia, orientação, locação dos
pontos mais importantes, etc. Há conveniência capital que estes auxiliares
sejam revezados continuamente porque, si de verdade nunca se consegue um especialista,
em compensação teremos difundido em larga escala os muitos benefícios que nos
traz o trabalho de modelagem do terreno. O limite máximo deste auxiliares será
de modo que não se atrapalhem mutuamente atropelando-se no serviço.
“A representação da superfície do solo no caixão de areia permite uma
melhor visualização das características do terreno real” (CI-21, 1976, p.3),
Figura 4. Na modelagem de terreno
segundo Uzêda (1944, p.433), “a experiência, a prática, a continuidade vão nos
permitir um trabalho cada vez mais rápido e mais perfeito”.
Sua limitação de emprego é condicionada à imaginação de quem o utiliza,
pois, é uma espécie de maquete cartográfica, que rompe com o modelo tradicional
de simples reprodução de conteúdo e conceito de cartografia.
Figura 4 - Representação
da superfície do relevo no caixão de areia.
“A vitória de
Monte Castello é de longe o mais festejado feito militar brasileiro do último
século. Porém, hoje são raros os que a conhecem e menos ainda os que realmente
sabem o significado dessa batalha para a nossa História” (THEODORO, 2003, p.9).
A topografia era totalmente favorável aos alemães, pois as montanhas, de grande
altura, permitiam a eles ter o comando total e completo da região. Na Figura 5,
observa-se que o Monte Castello não poderia ser conquistado em ataque frontal.
Figura 5 - Mapa esquemático da região do vale do
Reno. Monte Castello está quase no meio da ilustração. Fonte: Theodoro (2003).
Com caixão de
areia, Figura 6, a tropa brasileira possivelmente pôde transformar suas ações
de ataque em um intercâmbio de ideias e opiniões entre os comandantes e as
tropas participantes. Observa-se que a utilização deste recurso para modelagem
de terreno, proposto pelo Major
Olívio Gondim de Uzêda, possivelmente diminuiu os fracassos
através das observações das características do terreno, pois, “ainda que o
emprego de uma carta seja melhor, é muito difícil extrair-se dela, para os
soldados, todas as ideias, aplicações, dificuldades e facilidades que serão
encontradas na ação real; mais difícil ainda será mostrar a cada homem a
participação dos componentes do elemento considerados” (CI-21, 1976, p.10).
Figura 6 - Visão superior e oblíqua da região de batalha
de Monte Castello, na Itália.
Observa-se que a metodologia desenvolvida na obra do Major Olívio Gondim
de Uzêda possibilitou aos pracinhas brasileiros:
a) Ler uma carta;
b) Sentimento exato do terreno;
c) Desenvolver sua memória topográfica
permitindo-lhe guardar de memória o aspectos do terreno; quando na ausência da
carta.
d) Conhecer as leis do modelado topográfico;
e) Conheça a sequencia natural do trabalho
natural de modelagem;
f)
Ter
habilidade e gosto artístico.
De acordo com exposto
acima, observa-se que o caixão de areia, na segunda Guerra Mundial,
possibilitou a Força Expedicionária Brasileira (FEB) trabalhar as relações
espaciais topológicas através da familiarização do relevo e dos acidentes e
organização espaço para combater e conquistar uma elevação na região dos Apeninos:
Monte Castelo.
O caixão de areia caracterizar-se pela rapidez, clareza e sua
simplicidade, sendo que as minúcias e detalhes serão proporcionais ao fim a que
se destina. Entretanto, a preocupação deste trabalho é resgatar esse recurso de
modelagem de terreno sem desfigurá-lo e sem desvalorizá-lo, através de uma
transposição didática que não vulgarize nem o empobreça, mas, que se apresente
como uma construção diferenciada, reconstruída e reorganizada.
A reconstrução da região do Monte Castello é um apelo à imaginação para
se tentar imagina as dificuldades dos soldados brasileiros, na Itália, pois os
mesmo não possuíam treinamento adequado em relevos montanhosos. Por fim,
utilizar o caixão de areia é um jogo a paciência, tempo, experiências e gosto
artístico de cada um.
Por fim, este trabalho adquire sua importância porque se constitui numa
preocupação recorrente para os que trabalham com a prática do ensino em sala de
aula e/ou campo concernente à cartografia a partir de um modelo reduzido que
guarda uma proporcionalidade entre elementos representados, fazendo do
aprendizado do uma atividade prazerosa de aprender.
CARDENO DE INSTRUÇÃO. CI 21-5/1. Out 1976. O Caixão de Areia: Utilização e Construção:
Estado Maior do Exército Brasileiro: EGGCF.
THEODORO, R. V. A Batalha de Monte Castello. Clube SOMNIUM – 2003.
[1] Um regimento
é uma unidade militar, tradicionalmente comandada por um coronel e composta por um
número variável de batalhões ou subunidades equivalentes da mesma arma.
[2] O batalhão
é uma unidade militar constituída por duas ou mais companhias, sendo tradicionalmente comandada por um tenente-coronel ou major. Normalmente, tem um efetivo médio que pode ir de 250 a
1000 militares.
[3] Uma companhia
é um tipo de unidade militar, composta por entre 60 e 250 militares e
tradicionalmente comandada por um capitão.
[1] O caixão de areia, assim denominado
por se tratar de um caixão cheio de areia, tem um largo emprego nos diferentes
ramos da instrução militar (UZÊDA, 1944, p. 428) - A expressão “caixão de
areia”, empregada neste Caderno de Instrução tem significado é amplo e
transcende aos próprios componentes que essa designação sugere, isto é, um
caixão com areia para representar determinada região. É mais do que isso.
Pretende englobar todos os modelos gráficos de terreno, com areia. A expressão
encerra, pois, uma ideia, um conceito, uma sugestão e, fundamentalmente, um
apelo à imaginação fértil dos instrutores e monitores de tropa do Exército
Brasileiro. (Caderno de Instrução, CI-21-5/1 Outubro 1976).
Salve combatente!
ResponderExcluirSou professor de Cartografia da UFRRJ e gostei muito do seu trabalho. Gostaria de saber qual foi a base cartográfica (2D) para a elaboração da superfície em 3D? Seria a representação do Theodoro (2003) apresentada no seu trabalho? [Na verdade, tal representação tem como origem o livro do Gen. Mascarenhas de Moraes - A FEB pelo seu Comandante]. Grande abraço, Gustavo. Para entrar em contato: ggranha@globo.com
Seria possível você disponibilizar aqui no seu blog os arquivos digitais da bibliografia ???
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