22 de julho de 2014

CAIXÃO DE AREIA: RECURSO DE MODELAGEM DE TERRENO DE 1944 PARA ENSINO DA CARTOGRAFIA

2º. Simpósio Brasileiro de Cartografia Histórica
Período: 28 a 30 de maio de 2014 https://www.ufmg.br/rededemuseus/crch/simposio2014/programacao2sbch2014.pdf

RESUMO

O trabalho nasce da necessidade de resgatar e avaliar visualmente o Caixão de areia. Durante a missão da Força Expedicionária Brasileira (FEB), na Itália, o caixão de areia foi possivelmente utilizado pelos militares do Brasil em função da variedade dos campos de atuação ou mesmo pela dificuldade de ser trabalhar assuntos que relacione o lugar, paisagem, território, relevo na região dos Montes Apeninos, pois, os soldados brasileiros não possuíam muitos treinamentos em relevos montanhosos. O objetivo deste trabalho é Modelar a região da batalha do Monte Castello, na Itália, onde a Força Expedicionária Brasileira (FEB) combateu o Exército Alemão e foi vitoriosa após 6 meses de intenso confronto. Utilizou-se a metodologia de representação espacial tridimensional denominada de caixão de areia desenvolvida nas obras: Curso de topografia Militar de 1944 e Caderno de Instrução, CI-21-5/1 de 1976, sendo o primeiro do Major Uzêda, comandante do 1º Regimento Sampaio da FEB na Itália e um dos primeiro a combater os Alemães no Monte Castello. O segundo, uma obra do Estado Maior do Exército Brasileiro. Neste contexto, o caixão de areia pode ter sido um incrível recurso utilizado na Segunda Guerra Mundial para ensinar leitura de mapas e/ou carta, pela da Força Expedicionária Brasileira (FEB), na Itália.

PALAVRAS CHAVE: Caixão de areia, Modelagem de terreno, Cartografia.

 
ABSTRACT

The work stems from the need to rescue and visually assess the box sand. During the mission of the Brazilian Expeditionary Force (FEB), in Italy, the box of sand was possibly used by the military of Brazil because of the variety of fields of expertise or even the trouble of affairs be linking the work place, landscape, territory, raised in the region of the Apennines, for the Brazilian soldiers had no training in many mountainous reliefs. The objective of this work is modeling the region of the Battle of Monte Castello, Italy, where the Brazilian Expeditionary Force (FE ) fought the German Army and was victorious after 6 months of intense confrontation. We used the methodology of three-dimensional spatial representation called coffin sand developed in the works: Course topography Military 1944 and Instruction Booklet, CI -21- 5/1 , 1976, being the first Major Uzeda, commander of the 1st Regiment Sampaio FEB in Italy and one of the first to fight the Germans in Monte Castello. The second, a work of Staff of the Brazilian Army. In this context, the coffin of sand may have been an incredible resource used in WWII to teach map reading and / or letter, by the Brazilian Expeditionary Force (FEB), Italy.

KEYWORDS: Box sand, Terrain Modeling, Cartography.


 1. INTRODUÇÃO

Esse trabalho nasce da necessidade de resgatar e avaliar visualmente o uso do recurso didático antigo denominado de Caixão de areia para leitura de mapas e/ou cartas, estudo tático de missões, apronto final brienfng, estudo do terreno, levantamento topográfico de artilharia e outros.

O caixão de areia[1] nasce no seio militar e tem um largo emprego nas instruções e ações desenvolvidas pelas forças militares a partir da Nota de Instrução de número 1.937 de 1941. O Major Olívio Gondim de Uzêda, no livro intitulado de Curso de Topografia Militar, apresenta o caixão de areia como recurso de enormes recomendações, no sentido de “facilitar ao máximo a familiarização com o relevo do solo, fazendo-lhes sentir os acidentes do terreno, na modelagem do terreno no caixão de areia, instintivamente, praticando a leitura de cartas e aplicação das leis de modelagem” (UZÊDA, 1944, p. 428).

Durante a missão da Força Expedicionária Brasileira (FEB), na Itália, o caixão de areia pode ter sido um instrumento muito utilizado pelo militares do Brasil, em função do seu largo emprego nos diferentes ramos da instrução militar, sobretudo na variedade de campos de atuação do Exército na região dos Montes Apeninos, pois, os soldados brasileiros não eram treinados em relevo montanhoso. 

O ensino de cartografia requer conhecimentos específicos, estratégias metodológicas e até mesmo pedagógicas para um entendimento efetivo das temáticas propostas pelo currículo da disciplina. Assim, como então, ensinar conceitos relativos à noção de espaço e de que forma representá-los a mais de 25 mil homens que fizeram parte da Força Expedicionária Brasileira que desembarcaram na Itália da combater os Alemães. Eles tiveram conquistas importantes, mas também sofreram com o relevo dos Montes Apeninos.

O objetivo deste trabalho é construir o modelo reduzido da região de batalha do Monte Castello e avaliar visualmente a metodologia de representação espacial tridimensional denominada de Caixão de Areia, proposta pelo Major Olívio Gondim de Uzêda, comandante do Regimento Sampaio (1ª RI), e primeiro a combater os Alemães na Itália, sendo reforçado por dois pelotões de Carros de Combate dos  (EUA) mais  1ª Cia do 9º Batalhão de Engenharia de Combate  (para remoção de minas e acompanhamento) e fogos de apoio direto dos 1º e 2º Grupos de Artilharia 105 mm, reforçado pelas companhias de obuses 105 e do 11º Regimento de Infantaria.

 
2. MATERIAIS E MÉTODO

A metodologia desenvolvida neste trabalho partiu de pesquisas e revisão bibliográfica da obra do Major Olívio Gondim de Uzêda, intitulado de Curso de Topografia Militar de 1944 e outros materiais que apresentam a utilização e construção do caixão de areia. Identificou-se o Caderno de Instrução número 21 de 1976, do Estado Maior do Exército Brasileiro, como outra obra que contemplam a metodologia de construção do caixão de areia.

Na segunda etapa, realizou-se a construção do caixão de areia e posteriormente a modelagem do terreno da região de Batalha de Monte Castello, na Itália. Para o trabalho de modelagem do terreno utilizou-se os seguintes materiais: colher de pedreiro, peneira fina, trena métrica, peneira grossa, dosador, desempenadeira, esponjas, varetas, pulverizador de água, pó (anilina), espátulas e serragem.

 
3. UTILIZAÇÃO DO CAIXÃO DE AREIA

O Curso de Topografia Militar de 1944 pensa o grande e relevante problema da prática do ensino da cartografia militar e apresenta o caixão de areia como um recurso que tem um largo emprego no sentido da facilitar ao máximo o trabalho com as relações espaciais topológicas através da familiarização do relevo e dos acidentes e organização espaço.

 
No combate o caixão de areia assegura o preparo fácil da instrução a ser ministrada, facilitando-nos fornecermos ao subordinado uma ideia de conjunto e permitindo-nos uma fiscalização geral das ações desenvolvida em qualquer fase; desde a colocação da tropa e das armas até aos mínimos detalhes do seu deslocamento no curso de uma operação; escolha e instalação de ponto de objetivo (PO) em seu interior deslocamento, funcionamento das transmissões, etc. (UZÊDA, 1944, p. 428).

 
São várias as recomendações que acompanham a obra e Segundo Tasso M. Rego Serra (1941, p.2), “O Curso de Topografia Militar de 1944, é a obra mais completa que se tenha feito no Brasil” e tem sua importância, sobretudo, como referência para entendimento da utilização e construção do caixão de areia, pois, apresenta com detalhes os materiais utilizados e as dimensões para sua confecção, tendo como ponto de partida a área que se deseja representar (Figura 1).

 

O Sr. Gen. Cmt da 1ª R.M, em anexo a nota de instrução nº1 de 1937 recomenda: “no sentido de facilitar ao máximo a instrução tática e certos ramos das técnicas para oficiais e graduados, este comando preconiza o emprego ativo e constante do caixão, como elemento indispensável a boa marcha da instrução (UZÊDA, 1944, p. 428).


Outra obra que contempla a utilização e construção do caixão de areia é o Caderno de Instrução número 21 de 1976, do Estado Maior do Exército Brasileiro. O Caderno de instrução vinte um (CI-21) tem como objetivo reforça o emprego do caixão de areia, que de forma inexplicável deixou de ser empregado com frequência desejável. O autor afirma que isso é “proveniente da desinformação sobre seu valor como meio auxiliar e é muito provável a necessidade de uma nova orientação quanto à maneira de construir e utilizá-lo”.

Figura 1 - Curso de Topografia Militar, do Major Olívio de Gondim Uzêda, 1944, com 412 páginas.


Tendo em vista o aspecto do ensino por meio de diferentes formas observa-se que o caixão de areia é uma metodologia incrível e eficiente para a construção de conceitos destinados ao ensino de cartografia, pois, é um recurso que oferece uma visão oblíqua, vertical, tridimensional e orientada espacialmente para temas cartográficos como: medidas espaciais, relevo, escalas, coordenadas. É também um recurso ágil, informal e diversificado, com o propósito de estimular a imaginação e o encorajamento do uso deste recurso de representação tridimensional.

 
O segredo da incrível eficiência do caixão de areia está no efeito visual preciso, que é capaz de reproduzir para o instruendo. A experiência tem demonstrado que a aprendizagem é consideravelmente mais fácil, quando são empregados meios auxiliares que proporcionem a possibilidade de os instruendo verem e tocarem os elementos do problema apresentado (CI 21, 1976, p.3).

        
4. CONSTRUÇÃO DO CAIXÃO DE AREIA

No meio militar a construção do caixão de areia depende de proporções e ao fim que se destina. Suas dimensões devem variar com a unidade militar e com o terreno em que se deseja representar (UZÊDA, 1944, p.428), assim: Para Regimento[1], caixão de areia com 2.0 m./2.0 m, para Batalhões[2], caixão com 2.0 m./1.5 m e para Companhias[3], com 1.0 m/1.5 m. Existem duas categorias de caixões de areia: o provisório, que pode ser construído no próprio local com matérias in natura e o permanente, construído de madeira com espessura de 3 a 4 cm capaz de resistir ao esforço lateral da areia, Figura 2-a.

Contudo, convém reforçar o fundo com ripas pregada no sentido transversal ao seu comprimento, Figura 2-b. O caixão deve ser pintado para maior conservação material.

Figura 2 - Perfis do caixão de areia permanente.
5. MODELAGEM DO TERRENO
“O primeiro problema a ser resolvido na modelagem do terreno no caixão de areia é determinação da escala horizontal e vertical que devem ser usadas” (CI-21, 1976, p.25). A escala vertical deverá ser examinada na carta através da localização dos pontos mais elevados de cotas da região, ou seja, os centímetros de elevação da areia no caixão deverá representar uma proporção da distância vertical da elevação.
Conhecida as escalas horizontal e vertical, Figura 3-a, é importante a divisão do caixão de areia em quadrados com barbantes que correspondam a uma divisão da carta (quadrículas) ou quadriculas desenhada na carta e/ou imagem que se deseja reduzir para ser representada. A construção de um sistema de quadriculagem possibilita a aprendizagem de equivalentes que garante a localização precisa de qualquer ponto sobre a modelagem, Figura 3-b.
 
Uma vez determinado na carta o trecho do terreno que pretendemos modelar nós o quadriculamos com quadrículas iguais, de tamanho proporcional à escala, e numerada. Em correspondência a carta no quadriculamos igualmente o nosso caixão de areia com o mesmo número de quadrículas que as existentes na carta, iniciando normalmente do centro para os lados de modo que as sobras resultem nos extremos, o que nos faltará lugares para tiramos ou depositarmos areia em nosso trabalho (UZÊDA, 1944, p.431).
 
Para iluminar a modelagem utiliza-se pó (anilina) na cor azul para identificar os cursos d’água, cor vermelha para traçar as estradas e caminhos e cor verde para a vegetação, bosques, matas, conforme Figura 3-c.
Podem-se utilizar fitas coloridas, serpentinas, arames coloridos, ponta de pequeno galho de arbustos que representam muito bem as árvores isoladas, pequenos tacos de madeira representarão edificações e obras de arte, e assim, valer de diversos recursos para complementarmos os detalhes do trabalho de modelagem espacial (UZÊDA, 1944, p.430).
 
Figura 3 - Etapas de modelagem do terreno no caixão de areia.
 
A equipe à construção do caixão de areia a rigor:
 
Segundo Major Uzêda (1944, p.430) depende de sua extensão, exigindo um diretor e dois auxiliares que orientados tecnicamente possam intervi em pontos mais delicados - escolha da escala, quadriculagem da carta e do caixão de areia, orientação, locação dos pontos mais importantes, etc. Há conveniência capital que estes auxiliares sejam revezados continuamente porque, si de verdade nunca se consegue um especialista, em compensação teremos difundido em larga escala os muitos benefícios que nos traz o trabalho de modelagem do terreno. O limite máximo deste auxiliares será de modo que não se atrapalhem mutuamente atropelando-se no serviço.
 
“A representação da superfície do solo no caixão de areia permite uma melhor visualização das características do terreno real” (CI-21, 1976, p.3), Figura 4.  Na modelagem de terreno segundo Uzêda (1944, p.433), “a experiência, a prática, a continuidade vão nos permitir um trabalho cada vez mais rápido e mais perfeito”.
Sua limitação de emprego é condicionada à imaginação de quem o utiliza, pois, é uma espécie de maquete cartográfica, que rompe com o modelo tradicional de simples reprodução de conteúdo e conceito de cartografia.
 
Figura 4 - Representação da superfície do relevo no caixão de areia.
 
“A vitória de Monte Castello é de longe o mais festejado feito militar brasileiro do último século. Porém, hoje são raros os que a conhecem e menos ainda os que realmente sabem o significado dessa batalha para a nossa História” (THEODORO, 2003, p.9). A topografia era totalmente favorável aos alemães, pois as montanhas, de grande altura, permitiam a eles ter o comando total e completo da região. Na Figura 5, observa-se que o Monte Castello não poderia ser conquistado em ataque frontal.
 
Figura 5 - Mapa esquemático da região do vale do Reno. Monte Castello está quase no meio da ilustração. Fonte: Theodoro (2003).
 “O Batalhão Uzêda atacou pelo flanco esquerdo, sendo o primeiro a atingir a crista de Monte Castello, permitindo que os outros batalhões, um dos quais em ataque frontal, pudessem também atingir o objetivo” (THEODORO, 2003, p.7).
Com caixão de areia, Figura 6, a tropa brasileira possivelmente pôde transformar suas ações de ataque em um intercâmbio de ideias e opiniões entre os comandantes e as tropas participantes. Observa-se que a utilização deste recurso para modelagem de terreno, proposto pelo Major Olívio Gondim de Uzêda, possivelmente diminuiu os fracassos através das observações das características do terreno, pois, “ainda que o emprego de uma carta seja melhor, é muito difícil extrair-se dela, para os soldados, todas as ideias, aplicações, dificuldades e facilidades que serão encontradas na ação real; mais difícil ainda será mostrar a cada homem a participação dos componentes do elemento considerados” (CI-21, 1976, p.10).
 
Figura 6 - Visão superior e oblíqua da região de batalha de Monte Castello, na Itália.
Observa-se que a metodologia desenvolvida na obra do Major Olívio Gondim de Uzêda possibilitou aos pracinhas brasileiros:
a)  Ler uma carta;
b)  Sentimento exato do terreno;
c)  Desenvolver sua memória topográfica permitindo-lhe guardar de memória o aspectos do terreno; quando na ausência da carta.
d)  Conhecer as leis do modelado topográfico;
e)  Conheça a sequencia natural do trabalho natural de modelagem;
f)   Ter habilidade e gosto artístico.
 
De acordo com exposto acima, observa-se que o caixão de areia, na segunda Guerra Mundial, possibilitou a Força Expedicionária Brasileira (FEB) trabalhar as relações espaciais topológicas através da familiarização do relevo e dos acidentes e organização espaço para combater e conquistar uma elevação na região dos Apeninos: Monte Castelo.
 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O caixão de areia caracterizar-se pela rapidez, clareza e sua simplicidade, sendo que as minúcias e detalhes serão proporcionais ao fim a que se destina. Entretanto, a preocupação deste trabalho é resgatar esse recurso de modelagem de terreno sem desfigurá-lo e sem desvalorizá-lo, através de uma transposição didática que não vulgarize nem o empobreça, mas, que se apresente como uma construção diferenciada, reconstruída e reorganizada.
A reconstrução da região do Monte Castello é um apelo à imaginação para se tentar imagina as dificuldades dos soldados brasileiros, na Itália, pois os mesmo não possuíam treinamento adequado em relevos montanhosos. Por fim, utilizar o caixão de areia é um jogo a paciência, tempo, experiências e gosto artístico de cada um.
Por fim, este trabalho adquire sua importância porque se constitui numa preocupação recorrente para os que trabalham com a prática do ensino em sala de aula e/ou campo concernente à cartografia a partir de um modelo reduzido que guarda uma proporcionalidade entre elementos representados, fazendo do aprendizado do uma atividade prazerosa de aprender.
  
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARDENO DE INSTRUÇÃO. CI 21-5/1. Out 1976. O Caixão de Areia: Utilização e Construção: Estado Maior do Exército Brasileiro: EGGCF.
THEODORO, R. V. A Batalha de Monte Castello. Clube SOMNIUM – 2003.
UZÊDA, O. G. Curso de Topografia Militar.  Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1963. 412 p.
 


[1] Um regimento é uma unidade militar, tradicionalmente comandada por um coronel e composta por um número variável de batalhões ou subunidades equivalentes da mesma arma.
[2] O batalhão é uma unidade militar constituída por duas ou mais companhias, sendo tradicionalmente comandada por um tenente-coronel ou major. Normalmente, tem um efetivo médio que pode ir de 250 a 1000 militares.
[3] Uma companhia é um tipo de unidade militar, composta por entre 60 e 250 militares e tradicionalmente comandada por um capitão.


[1] O caixão de areia, assim denominado por se tratar de um caixão cheio de areia, tem um largo emprego nos diferentes ramos da instrução militar (UZÊDA, 1944, p. 428) - A expressão “caixão de areia”, empregada neste Caderno de Instrução tem significado é amplo e transcende aos próprios componentes que essa designação sugere, isto é, um caixão com areia para representar determinada região. É mais do que isso. Pretende englobar todos os modelos gráficos de terreno, com areia. A expressão encerra, pois, uma ideia, um conceito, uma sugestão e, fundamentalmente, um apelo à imaginação fértil dos instrutores e monitores de tropa do Exército Brasileiro. (Caderno de Instrução, CI-21-5/1 Outubro 1976).
 

2 comentários:

  1. Salve combatente!
    Sou professor de Cartografia da UFRRJ e gostei muito do seu trabalho. Gostaria de saber qual foi a base cartográfica (2D) para a elaboração da superfície em 3D? Seria a representação do Theodoro (2003) apresentada no seu trabalho? [Na verdade, tal representação tem como origem o livro do Gen. Mascarenhas de Moraes - A FEB pelo seu Comandante]. Grande abraço, Gustavo. Para entrar em contato: ggranha@globo.com

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  2. Seria possível você disponibilizar aqui no seu blog os arquivos digitais da bibliografia ???

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Representações Cartográficas

Globo - representação esférica, em escala pequena, dos aspectos naturais e artificiais de uma figura planetária, com finalidade ilustrativa.

Mapa - representação plana, em escala pequena, delimitada por acidentes naturais ou políticos-administrativos, destinada a fins temáticos e culturais.

Cartas - representação plana, em escala média ou grande, com desdobramento em folhas articuladas sistematicamente, com limites de folhas constituídos por linhas convencionais, destinada a avaliação de distância e posições detalhadas.

Planta - tipo particular de carta, com área muito limitada e escala grande, com número de detalhes consequentemente maior.

Mosaiso - conjunto de fotos de determinada área, montadas técnica e artisticamente, como se o todo formasse uma só fotografia. Classifica-se como controlado, obtido apartir de fotografia aéreas submetidas a processos em que a imagem resultante corresponde à imagem tonada na foto, não controlado, preparado com o ajuste de detalhes de fotografia adjacentes, sem controle de termo ou correção de fotografia, sem preocupação com a precisão, ou ainda semicontrolado, montado combinando-se as duas características descritas.

Fotocarta - Mosaico controlado, com tratamento cartográfico.

Ortofotocarta - fotografia resultante da transformação de uma foto original, que é um perspectiva central do terreno, em uma projeção ortogonal sobre um plano.

Ortofotomapa - conjunto de várias ortofotocartas adjacentes de uma determinada região.

Fotoíndice - montagem por superposição das fotografias, geralmente em escala reduzida. É a primeira imagem cartográfica da região. É o insumo necessário para controle de qualidade de aerolevantamentos utilizados na produção de cartas de método fotogramétrico.

Carta Imagem - imagem referênciada a partir de pontos identificáveis com coordenadas conhecidas, superposta por reticulado da projeção

Revista Geografia, Conhecimento Prático, n 23, p 54. ed. Escala