14 de março de 2013

ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE BELÉM (APA de Belém)


Área de Proteção Ambiental (APA) criado através do Decreto lei 1.552, em 3 de maio de 1993. A APA de Belém é uma área de conservação de relevante interesse ecológico contemplada por as áreas de floresta de terra firme, várzea e igapós. No local existem mamíferos, répteis, anfíbios e insetos, além de uma grande variedade de aves e de espécies da flora.

A área do Parque Estadual do Utinga é caracterizada pelo predomínio do uso do solo institucional e rural, era ocupada pelos seguintes órgãos: CPATU/EMBRAPA; UFRA; MPEG; DNPM; INCRA; INEMET; EXÉRCITO; COSANPA e a CEASA (Bordalo, 2006 apud Trindade, 1998).

A APA de Belém é gerenciada pela Secretaria Estadual de meio Ambiente (SEMA) e esta localizado entre os municípios de Belém e Ananindeua, na Região Metropolitana. O Batalhão de Policiamento Ambiental – BPA realiza a segurança, fiscalização, proteção e ainda utiliza o espaço para fazer a soltura de animais e treinamento militar. O Parque ainda recebe em seu espaço o Corpo de Bombeiro Militar, que utiliza a área para desenvolver atividades de treinamento de busca e resgate em área de selva (CRAS) e o Curso de Cartografia e Orientação em Área de Selva (ECOAS).

O processo de expansão urbana das grandes metrópoles tem sido no mundo inteiro, uma das principais causas da ocupação e degradação das áreas de proteção ambientais, e vem ocorrendo com maior intensidade nas metrópoles localizadas nos países em desenvolvimento (BORDALO, 2006).


Figura 1 – Delimitação da Área de Proteção Ambiental de Belém - APA de Belém, Classificação de imagem de sensor Landsat - 5 TM/ 2008.

Fica evidente o crescimento de área urbana dentro da Área de Proteção Ambiental, principalmente a Nordeste e leste.

Hoje, possuímos grandes obras importantes que discutem e auxiliam nos estudos e reflexões sobre a Área de Proteção Ambiental de Belém. Neste contexto, podemos citar muitas contribuições. Como, por exemplo: Bordalo (1999) com a obra “Gestão ambiental em bacias hidrográficas: Um estudo de caso dos mananciais do Utinga-Pa”, “Gestão ambiental em bacias hidrográficas”, “O desafio das águas numa metrópole amazônida (2006) e “Uma Reflexão de Proteção dos Mananciais de Região Metropolitana de Belém – PA (1984”. – 2004)”. Essas são algumas das principais fontes de informações a respeitos da implantação dos mananciais do Utinga e as alterações ocorridas em função das intervenções antrópicas no entorno da Área de Proteção Ambiental de Belém.

Um estudo realizado pelo geógrafo Cleiton Cabral, do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (Naea) da Universidade Federal do Pará, mostra que o crescimento urbano na Área de Proteção Ambiental (APA) de Belém tem influenciado na diminuição da qualidade de vida dos moradores desse espaço.

A Área de Proteção Ambiental da Região Metropolitana de Belém tem aproximadamente 7.349 hectares, e abarca os bairros Curió-Utinga, Marco, Souza, Castanheira, Guanabara, Águas Lindas e Aurá.

Segundo o especialista, uma das dificuldades encontradas para promover a preservação é a falta de conhecimento do que significa uma APA pelos próprios habitantes da área. O que implica na degradação do local são as ocupações irregulares, por exemplo, e o lixo despejado.

A diminuição desse espaço tem causado conseqüências sensíveis, como o aumento da temperatura no entorno. Para Cleiton, "a APA Metropolitana de Belém precisa ser entendida como uma área geograficamente estratégica para a organização sustentável do espaço".

Posição da Sema - A Sema está fazendo atividades de educação ambiental junto às escolas de ensino público de Belém, com ênfase nas do entorno do Parque Estadual do Utinga (Peut), assim como com a comunidade do entorno do Peut. O objetivo é sensibilizar a comunidade e as gerações futuras quanto a importância da APA (como a zona de amortecimento do Peut) e do próprio Parque.

Referências

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Representações Cartográficas

Globo - representação esférica, em escala pequena, dos aspectos naturais e artificiais de uma figura planetária, com finalidade ilustrativa.

Mapa - representação plana, em escala pequena, delimitada por acidentes naturais ou políticos-administrativos, destinada a fins temáticos e culturais.

Cartas - representação plana, em escala média ou grande, com desdobramento em folhas articuladas sistematicamente, com limites de folhas constituídos por linhas convencionais, destinada a avaliação de distância e posições detalhadas.

Planta - tipo particular de carta, com área muito limitada e escala grande, com número de detalhes consequentemente maior.

Mosaiso - conjunto de fotos de determinada área, montadas técnica e artisticamente, como se o todo formasse uma só fotografia. Classifica-se como controlado, obtido apartir de fotografia aéreas submetidas a processos em que a imagem resultante corresponde à imagem tonada na foto, não controlado, preparado com o ajuste de detalhes de fotografia adjacentes, sem controle de termo ou correção de fotografia, sem preocupação com a precisão, ou ainda semicontrolado, montado combinando-se as duas características descritas.

Fotocarta - Mosaico controlado, com tratamento cartográfico.

Ortofotocarta - fotografia resultante da transformação de uma foto original, que é um perspectiva central do terreno, em uma projeção ortogonal sobre um plano.

Ortofotomapa - conjunto de várias ortofotocartas adjacentes de uma determinada região.

Fotoíndice - montagem por superposição das fotografias, geralmente em escala reduzida. É a primeira imagem cartográfica da região. É o insumo necessário para controle de qualidade de aerolevantamentos utilizados na produção de cartas de método fotogramétrico.

Carta Imagem - imagem referênciada a partir de pontos identificáveis com coordenadas conhecidas, superposta por reticulado da projeção

Revista Geografia, Conhecimento Prático, n 23, p 54. ed. Escala