19 de novembro de 2014

BOLETIM INFORMATIVO DE METEOROLOGIA, QUEIMADAS E INCÊNDIOS FLORESTAIS: Bol-MeQIs


 
Leonardo Sousa dos Santos¹, Jorge Cirilo Oliveira Souza ², Wilson Soares Barroso Júnior², Miguel da Silva Negrão², Simeão André Machado de Moraes², Wellington Douglas do Vale²

 ¹Engenharia Cartográfica e de Agrimensura. Universidade Federal Rural da Amazônia. leonardocbmpa@yahoo.com.br
²Curso de Incêndio na Floresta Amazônica. Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Pará.

 
RESUMO

O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Pará tem adquiridos vários materiais e equipamentos operacionais de combate a incêndios florestais. Contudo, ainda necessita de uma ferramenta de auxilio no processo de tomada de decisão para delinear ações de previsão, prevenção para o combate a queimadas e incêndios florestais na Amazônia, a fim de mitigar os efeitos advindos deste fenômeno sobre a região. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE) têm desenvolvido e divulgado informações de meteorologia e monitoramento de ocorrência do fogo por sensores orbitais, onde se pode conhecer o perfil das queimadas e dos incêndios florestais no País a custo “zero”. Desta forma, o Corpo de Bombeiros através do Curso de Combate a Incêndio Florestal (CCIFA), no munícipio de Canãa dos Carajás, desenvolveu uma proposta de Boletim Informativo de Meteorologia, Queimada e Incêndios Florestais (Bol-MeQIs). O trabalho foi operacionalizado considerando cinco fases distintas, mas complementares e teve como objetivo geral capacitar os alunos a assimilar o conhecimento de meteorologia, climatologia e aplicações do monitoramento e previsão de tempo e clima através das principais páginas da internet que disponibilizam dados sobre fatores climáticos e avaliação do risco de incêndios florestais. Selecionaram-se um conjunto de informações sobre clima e queimadas e incêndios florestais em boletim informativo para melhoria das ações dos Núcleos Operacionais de Resposta a Queimadas e Incêndios florestais (NORQIs), localizados nos grupamentos do corpo de bombeiros em vários municípios. Através do Bol-MeQIs pode-se obter dados de queimadas de grandes áreas, em intervalos regulares, com maior rapidez na coleta e análise de dados a um custo menor, se comparado com métodos convencionais para subsidiar a ações de previsão, prevenção, organização, planejamento e ações de combate ao fogo.

Palavras-chave: Boletim informativo. Queimadas. Incêndios florestais na Amazônia.


1. INTRODUÇÃO
 
O uso do fogo pelo ser humano é uma prática cultural que remonta à pré-história, cujo final é caracterizado pelo aparecimento da escrita (PEREIRA, et al., 2004, p.40). Com a manipulação do fogo, o ser humano passou a produzir artefatos (ferramentas) mais e mais complexos e com essa evolução contínua o ambiente passou a sofrer impactos em velocidade superior ao equilíbrio natural. No Brasil as queimadas são uma prática cultural para o manejo da terra e tem causado impactos ambientais de alta monta (PEREIRA, et al., 2004, p.41).
 
Segundo Meirelles (2014), as estradas; petróleo e gás; mineração; hidrelétricas e queimadas são os cinco principais fatores que são causados pelo homem e que pressionam as mudanças no meio ambiente. As queimadas em especial, servem para a limpeza de pastos, preparo de plantios, desmatamentos, colheita manual de cana-de-açúcar, vandalismo, disputas fundiárias, protestos sociais, e etc.
 
Pesquisas realizadas acerca deste tema têm demonstrado que fogo em vegetação provocam impactos em pequena e mesoescala. Em pequena escala estão, por exemplo: destruição da fauna e flora, empobrecimento do solo, redução da penetração de água no subsolo, e em muitos casos causam mortes, acidentes e perda de propriedades. Em mesoescala, causam poluição atmosférica, com prejuízos à saúde de milhões de pessoas, alteram e destroem ecossistemas em nível global, podendo ser associados às modificações da composição química da atmosfera e do clima do planeta (FRANÇA, 2004, p.60).
 
De acordo com Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE), em 2010 houve 18.130 foco de queimadas na Amazônia. Entre 2011 e 2014 há uma redução progressiva que segundo o INPE, está associada ao melhoramento do monitoramento das queimadas com o advento do sensoriamento remoto orbital, que tem revelado ao mundo a dimensão do uso do fogo no planeta. As imagens orbitais mostram que as queimadas de origem antrópica ainda são amplamente utilizadas em vários ecossistemas inclusive em locais onde o fogo natural é extremamente raro, como a floresta Amazônica (FRANÇA, 2004, p.57).
 
Para compreender o comportamento do fogo devem-se levar em considerações parâmetros meteorológicos que interferem nas queimadas e incêndios florestais, neste contexto, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE) têm desenvolvido e divulgado dados com informações sobre o tempo, clima e monitoramento de ocorrência do fogo em todo Brasil.
 
Os dados do INMET e INPE possibilitam conhecer o perfil das queimadas e dos incêndios florestais no País a custo “zero”, isto é, saber onde, quando e por que ocorrem as queimadas e os incêndios. Neste sentido, o Corpo de Bombeiros através do Curso de Combate a Incêndio Florestal (CCIFA), desenvolveu uma proposta de Boletim Informativo de Meteorologia, Queimada e Incêndios Florestais (Bol-MeQIs), com dados divulgados pelo INMET e INPE nos portais: http://queimadas.inpe.br e http://www.inmet.gov.br/portal/ . O Bol-MeQIs deverá subsidiar as ações de planejamento, monitoramento, previsão, prevenção de queimada e incêndios Florestal na Amazônia através dos Núcleos Operacionais de Resposta a Queimadas e Incêndios florestais (NORQIs) do Corpo de Bombeiros do Estado do Pará.
 
A proposta desse trabalho nasce da necessidade de elaborar, junto com os oficiais e praças do Curso de Combate a Incêndio na Floresta Amazônica de 2014 (CCIFA/2014), um Boletim Informativo, Bol-MeQIs, para oferecer melhoria das ações operacionais de monitoramento e combate ao fogo, bem como, a elaboração de plano de contingência e tomada de decisão nos NORQIs.

 
2. MATERIAIS E MÉTODO
 
O trabalho foi operacionalizado considerando cinco fases distintas, mas complementares, sendo a primeira uma abordagem com reflexões e considerações básicas sobre a importância da elaboração do Projeto de Boletim Informativo de Meteorologia, Queimada e Incêndio Florestal (Bol-MeQIs) para os Núcleos Operacionais de Resposta a Queimadas e Incêndios florestais (NORQIs).
 
A discursões e reflexões foram desenvolvidas durante a disciplina de Estudo Geográfica da Amazônia (EGA) ministrada aos oficiais e praças do Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA) no Curso de Combate a Incêndio na Floresta Amazônia (CCIFA/2014), no município de Canaã dos Carajás. A disciplina EGA teve como objetivo geral capacitar os alunos a assimilar o conhecimento de meteorologia, climatologia e aplicações do monitoramento e previsão de tempo e clima através das principais páginas da internet que disponibilizam dados sobre fatores climáticos e avaliação do risco de incêndios florestais.
 
 
Figura 1 - Alunos, Oficiais e Praças, do Curso de Combate a Incêndio na Floresta Amazônica - 2014.
Fonte: Elaborado pelo autor.
 
Na segunda fase, realizou-se em laboratório de informática, consulta, analise de informações sobre meteorologia e queimadas e incêndios florestais na Amazônia nas páginas do INMET e INPE. O processo resultou na elaboração de tabelas, gráficos e mapas com as informações meteorológicas e eventos de incêndios.
 
Na terceira fase, elaborou-se o Projeto de Boletim informativo que foi apresentado a uma banca avaliadora, composta pela coordenação e subcoordenação do CCIFA/2014, obtendo conceito excelente. A estrutura para elaboração do Bol-MeQIs deve ser composta por três componentes principais: 1) Coleta de informações básicas; 2) organização integração de informações e 3) disseminação e divulgação na “internet e por “e-mail”, Vide Figura 1”.
 
Na quarta etapa, foi realizado o levantamento dos dados de focos de calor, em formato shapefile, existentes para o Estado do Pará e organizada uma base de dados geográficos. Cada ponto possui as seguintes variáveis: Coordenadas geográficas (latitude e longitude), data da observação do foco de calor (dia, mês e ano), tipo de satélite e município. Em seguida, em ambiente SIG do Quantum Gis 2.4, foi modelado o padrão de distribuição do conjunto de pontos, utilizando-se o estimador de densidade Kernel.
 
Por fim, os oficiais e praças do CCIFA/2014, compostos por profissionais especializados e com diversas formações, geografia, cartografia, psicologia, educação física, pedagogias e outros, realizaram a construção do boletim informativo monitoramento para subsidiar a ações de previsão, prevenção, organização, planejamento e ações de combate ao fogo das seguintes NORQIs, a saber: sala de situação para monitoramento de desastres, em Belém, Altamira, Castanhal, Tucuruí, Redenção, Itaituba, Santarém, Abaetetuba, Parauapebas, Paragominas, Marabá e Tailândia. Para a construção do Boletim Informativo de Meteorologia, Queimada e Incêndio Florestal (Bol-MeQIs) utilizou-se o esquema lógico abaixo (Figura 2).
 
 
 
Figura 2 - Esquema lógico para seleção das informações e construção do Bol-MeQIs.
Fonte: Elaborado pelo autor.

3. DADOS DE METOOROLOGIA, QUEIMADA E INCÊNDIO FLORESTAL

Graças a tecnologias espaciais e computacionais atualmente disponíveis é possível estudar o planeta Terra como um sistema global. À medida que a tecnologia espacial e as técnicas de aplicações do sensoriamento remoto foram evoluindo, os satélites meteorológicos também foram se proliferando internacionalmente (KAMPEL, 2014).
De acordo com Meirelles nos últimos anos, uma série de modelagens foi desenvolvida por pesquisadores brasileiros e estrangeiros em instituições como: Instituto Nacional de Pesquisa Espacial, Instituto Nacional de Meteorologia e outros, procurando compreender os riscos e as fragilidades da Amazônia. Dentre os diversos benefícios das pesquisas podem-se mencionar as advindas das missões dos satélites meteorológicos como: fornecer uma observação meteorológica global e sistemática, operações de busca e salvamento, pesquisas sobre mudanças climáticas globais, gerenciamento de recursos, monitoramento ambiental, planejamento urbano, monitoramento de ozônio e de padrões migratórios de animais e etc (MEIRELLES, 2014).

No Brasil, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) administra mais de 400 estações de meteorologia através de 10 distritos regionais que recebem, processam e enviam dados de meteorologia (precipitação, ventos, umidade relativa do ar, pressão, etc) para a Sede, localizado, em Brasília-DF. A sede, por sua vez, através de supercomputadores faz simulação, modelos numéricos com um intervalo de 24, 48, 72 e 96h à frente e envia por satélite para todo o mundo.

A previsão do tempo do INMET está baseada, entre outros, em dados observados de hora em hora nas estações meteorológicas de superfície, porém, só as informações do modelo numérico não são suficientes para a realização da previsão do tempo, neste sentido, com o auxílio das imagens de satélites o INMET para elabora a previsão de tempo a cada 30mim, de hora em hora ou a cada 3h.

O monitoramento de ocorrência do fogo na vegetação é desenvolvido no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, (INPE) através do monitoramento por sensores orbitais. Os dados para a América do Sul e a Central, África e Europa, são atualizados a cada três horas, todos os dias do ano. Através do monitoramento de queimadas e incêndios florestais do INPE que se tem acesso a várias informações, figuras, tabelas e gráficos sobre queimadas e incêndios florestais em todo Brasil.

Os focos de queimadas, possui erro médio de 400 m, com desvio padrão de ~3 km e cerca de 80% dos focos estão em um raio de 1 km das coordenadas indicadas. Os dados e produtos sobre o monitoramento de queimadas são divulgados, de três horas em três horas após sua geração, nos seguintes horários: 04h30min, 10h30min, 13h30min, 16h30min, 19h30min, 21h30min e 23h30min (hora de Brasília);

As informações do monitoramento de queimada do INPE estão divididas em blocos: Situação Atual, SIG Focos-Geral, SIG Focos-Áreas Protegidas, Situação nas Áreas Protegidas, Relatório Atual e Risco de Fogo etc. Assim, através do INMET e INPE tem-se um conjunto de dados e, a partir deles, pode-se gerar uma série de produtos operacionais e com diversas aplicações com a elaboração de um boletim informático de meteorologia, queimas e incêndios florestais.


4. BOLETIM INFORMATIVO DE METEOROLOGIA, QUEIMADA E INCÊNDIOS FLORESTAIS - BOL-MEQIS

A análise conjunta de variáveis meteorológicas e focos de calor possibilita uma melhor definição dos incêndios florestais de uma determinada região, reduzindo o número de falsos alarmes (BATISTA, 2013).

Diversas variáveis da condição climática interferem nas queimadas e nos incêndios florestais, desta forma, um boletim com informações de temperatura, a umidade relativa do ar, o vento e a precipitação são importantes, pois combinadas determinam os efeitos do clima sobre o fogo. O Boletim Informativo de Meteorologia, Queimadas e Incêndios Florestais (Bol-MeQIs) é um instrumento fundamental para monitoramento das variáveis meteorológicas e do fogo na vegetação, pois, será possível saber antecipadamente a possibilidade de ocorrer fogo numa determinada região, pois, os parâmetros meteorológicos para previsão refletem, com certa precisão, a vulnerabilidade de vegetação ao fogo.

Neste contexto, o Bol-MeQIs deve apresentar o comportamento climático e das queimadas e incêndios florestais através de número, gráficos e mapas para melhoria das ações dos núcleos operacionais de resposta rápida, localizados nos grupamentos do corpo de bombeiros, além de possibilitar uma melhor previsão e prevenção, bem como, a elaboração de plano de contingência e equipamentos para ações de combate.

O Boletim Informativo de Meteorologia, Queimada e Incêndios Florestais terá um breve comentário de cada tabela, gráficos e mapas sobre sua leitura, análise e intepretação, como sugere Martinelli (2004, p.25). Esse procedimento é chamado de comentários. O Bol-MeQIs tem uma série geográfica onde nas linhas da tabela demonstra-se o numero de focos de calor por municípios para os últimos dois dias de monitoramento de focos de queima de vegetação em imagens satélites.

O gráfico de sectograma apresenta os principais biomas, que estão sendo atingidos pelos focos de calor e é uma representação ideal para comparar parcelas com o total e corresponde a um gráfico de leitura simples, não apresentando dificuldade em sua análise e interpretação (MARTINELLI, 2014, p.96).

Desta forma, o Bol-MeQIs será um documento que de acordo com Martinelli (2004, p.12), envolve a busca de conhecimento e esclarecimento acerca de certa questão da realidade que se tem interesse em desvendar. Assim, diante o problema de queimada e incêndio florestal o boletim permitirá o CBMPA iniciar um trabalho de pesquisa por meio de levantamento de dados sobre um conjunto de informações sobre fatores meteorológicos e foco de queimadas e incêndios florestais com relação custo/benefício positiva, que permitira revelar os lugares, caminhos e áreas tendo em vista a tomada de decisão.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a definição e seleção das informações, imagens e design do Bol-MeQIs, vide Anexo I, adicionaram-se os dados de metrologia: temperatura, umidade relativa do ar, precipitação, ventos, gráficos e mapas que são determinantes no comportamento do fogo. Desta forma, os Oficiais e Praças dos NORQIs podem desenvolver conhecimentos sobre meteorologia, climatologia para as aplicações de monitoramento e previsão de tempo e clima para avaliação do risco queimadas e incêndios florestais.

Observou-se que o Bol-MeQIs é uma excelente ferramenta que pode incentivar parceiras com órgãos públicos, iniciativa privada e organização não governamental (OGNS) e ainda, utilizar as informações sobre os riscos de queimadas e incêndios florestais para educar a sociedade em questões voltadas à saúde pública por decorrências das emissões de gases poluentes e diminuição das ocorrências de fogo por causas humanas.

O projeto deve pode ter o apoio local das prefeituras, sociedade civil organizada etc., e principalmente um grupo de pesquisa multidisciplinar em cada NORQIs. A unidade territorial de análise e diagnóstico não deve ser menor do que os limites municipais ou de uma bacia hidrográfica (a escala da bacia ainda precisa ser definida). Nesse sentido, o boletim também poderá ser vinculado a Defesa Civil Estadual e Municipal, visando padronizar informações para traçar um perfil das ações de prevenção e atuação.


6. CONCLUSÕES

Conclui-se que com o Boletim Informativo de Meteorologia, Queimada e Incêndios Florestais (Bol-MeQIs) o CBMPA pode-se criar uma estrutura de monitoramento e ações operacionais nos locais de maior foco de calor e ainda identificar os fatores meteorológicos ao longo do ano e principalmente nas estações secas de julho a setembro, inverno amazônico, e nos períodos de queimadas na Amazônia.

O Bol-MeQIs representa uma ferramenta auxiliar da mais elevada importância, visto que pode ser incorporado ao processo de apoio à decisão em nível regional, permitindo, ao CBMPA delinear ações rápida previsão, prevenção e combate a queimadas e incêndios florestais, a fim de mitigar os efeitos advindos deste fenômeno sobre a região.

Este trabalho ainda esta em fase de execução, pois, deve-se dar uma atenção especial no processo de metodologia para seleção dos dados e a realização de levantamento dos requisitos de implantação, treinamento e capacitação para utilização da ferramenta de SIG aos militares da Corporação.
7. AGRADECIMENTOS

Aos trinta e nove alunos, Oficiais e Praças, da 5º Edição do Curso de Combate a Incêndio na Floresta Amazônica (CCIFA/2014) que colaboram nas reflexões, definições e elaboração deste trabalho. Agradeço também ao Cabo Simeão pela indicação e a coordenação do curso, na pessoa do Senhor Capitão Catuaba e Capitão Carvalho, pela oportunidade de ministra a disciplina Estudo Geográfico da Amazônia no CCIFA/2014.
BOLETIM INFORMATIVO DE METEOROLOGIA, QUEIMADAS E INCÊNDIOS FLORESTAIS: Bol-MeQIs
 
Apresentação de pôster ficou sobre a responsabilidade do Cabo BM Semeão e CB Leonardo
 
 
 Durante a exposição do trabalho tivemos o prazer de encontrar entre os simposistas Tenente Leandro Alves do Corpo de Bombeiros do Estado do Mato Grosso.
 
 
REFERÊNCIAS
ALVES, M. EDEMIR. Y., Cálculo do índice de vegetação a partir do sensor AVHR. Aplicações ambientais brasileiras dos satélites NOAA e Tiros-N/Coordenador Nelson Jesus Ferreira. – São Paulo: Oficina de Texto, 2004.

BATISTA, C., Detecção de incêndios florestais por Satélites. FUPEF do Paraná. Disponível em: < http://www.floresta.ufpr.br/firelab/wp-content/uploads/2013/09/artigo16.pdf >. Acesso em: <11 2014="" de="" e="" outubro="">.

FRANÇA. H., Identificação e mapeamento de cicatrizes de queimadas com imagens AVHRR/NOAA. Aplicações ambientais brasileiras dos satélites NOAA e Tiros-N/Coordenador Nelson Jesus Ferreira. – São Paulo: Oficina de Texto, 2004.
GERALDO, A., Produtos operacionais gerados a partir do satélite NOAA “Exemplo das aplicações realizadas pela Funceme”. Aplicações ambientais brasileiras do satélite NOAA e Tiros-N/Coordenador Nelson Jesus Ferreira. – São Paulo: Oficina de Texto, 2004.

MARTINELLI. M., Mapas, gráficos e redes: elabore você mesmo. São Paulo: Oficina de Texto, 2014.
MEIRELLES, F., CARLOS, J. É possível superar a herança da ditadura brasileira (1964- 1985) e controlar o desmatamento na Amazônia? Não, enquanto a pecuária bovina prosseguir como principal vetor de desmatamento. Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciênc. hum. [online]. 2014, vol.9, n.1, pp. 219-241. ISSN 1981-8122. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/bgoeldi/v9n1/14.pdf. Acesso em: 25 de junho de 2014.
PEREIRA, M., FERNANDES, A., Detecção de queimadas com uso de radiômetro AVHRR. Aplicações ambientais brasileiras dos satélites NOAA e Tiros-N/Coordenador Nelson Jesus Ferreira. – São Paulo: Oficina de Texto, 2004.
KAMPEU, M., Característica gerais dos satélites NOAA: Histórico, instrumentos e comunicação e dados. Aplicações ambientais brasileiras do satélite NOAA e Tiros-N/Coordenador Nelson Jesus Ferreira. – São Paulo: Oficina de Texto, 2004.

 

 

13 de novembro de 2014

O USO DE FERRAMENTAS SIG NA CARTOGRAFIA HISTÓRICA DA CIDADE DE BELÉM - PARÁ


 
Leonardo Sousa dos Santos[1]
Orleno Marques da Silva Junior[2]

RESUMO
 
Atualmente a história tem se beneficiado das tecnologias de informação, sobretudo os Sistemas de Informação Geográfica em diversas de suas disciplinas, em especial na cartografia histórica. Exemplo do avanço no campo de ferramentas técnicas computacionais, ou sistemas de informações geográficas aplicadas ciência histórica são os trabalhos desenvolvidos para a recuperação e processamento das informações geográficas contidas nestes documentos históricos, como os mapas e/ou cartas antigas. A metodologia destas pesquisas consiste na reconstituição cartográfica, extração dos nomes geográficos e topônimos da cartografia histórica de Belém. A reconstrução de bases cartográficas históricas vem se constituindo como uma promissora estratégia para compreender o processo de a dinâmica de ocupação tanto espaciais (geográfico) como temporais (histórico). Os resultados são reconstituição de importantes documentos que podem ser utilizados de inúmeras maneiras em diversas áreas do conhecimento, além de preservação do patrimônio histórico cartográfico. O objetivo principal deste trabalho é apresentar uma proposta de cartografia digital reversa da cidade de Belém para gerar bases cartográficas digitais, em escalas e precisões compatíveis com aplicações temáticas. Como objetivos secundários a atingir, são estabelecidos metas: Preservar o patrimônio histórico cartográfico; criar um projeto com a prefeitura, sociedade civil organizada, para desenvolver um estudo reverso das divisões administrativas da cidade; estabelecer uma ligação entre informações temáticas comuns entre as bases cartográficas e informações disponíveis em fontes oficiais e não oficiais; apresentar as bases cartográficas em diversos formatos gráficos e disponibilizarem os resultados para público. Observa-se como resultado preliminar um ganho expressivo de informações cartográficas, permitindo uma melhor compreensão e interpretação das diversas informações representadas nos documentos históricos da planta da cidade de Belém. Desta forma as pesquisas sobre a Belém histórica pode ser intensificadas e estudos sobre os processos de ocupação, crescimento ordenado e regular na forma urbana e dos limites administrativos de Belém


Palavra chaves: Sistema de informação geográfica; Cartografia histórica; Cartografia reversa.

 
1. INTRODUÇÃO

A reconstrução de bases cartográficas históricas vem se constituindo como uma promissora estratégia para compreender o processo de transformação das cidades ao longo dos séculos. Neste contexto, a cartografia histórica (reversa) é um instrumento essencial para o estudo do espaço geográfico pretérito, mostrando a dinâmica de ocupação tanto espaciais (geográfico) como temporais (histórico) (MENEZES, 2014).

Atualmente a história tem se beneficiado das tecnologias de informação, sobretudo os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) em diversas de suas disciplinas, em especial na cartografia histórica (FERREIRA et al., 2011), pois o poder de processamento dos computadores permitiu a disseminação do uso de programas voltados à cartografia digital, que, segundo Câmara et at., (2001), são sistemas automatizados utilizados para armazenar, analisar e manipular dados geográficos que representam objetos e fenômenos em que o local onde o mesmo ocorre é uma característica inerente à informação e indispensável para compreendê-lo.

Exemplo do avanço no campo de ferramentas técnicas computacionais, ou sistemas de informações geográficas aplicadas ciência histórica são os trabalhos desenvolvidos para a recuperação e processamento das informações geográficas contidas nestes documentos históricos, como os mapas e/ou cartas antigas. A metodologia destas pesquisas consiste na reconstituição cartográfica, extração dos nomes geográficos, topônimos.

No Brasil, estudos relacionados à cartografia histórica têm sido desenvolvidos por pesquisadores como: Castro et al (2006), Menezes et al (2007), Umbelino e Antunes (2007), Santos, Menezes e Costa (2007). Outros artigos relacionados a esse tema podem ser encontrados nos anais do XXII e do XXIII Congresso Brasileiro de Cartografia e do II Simpósio Luso-Brasileiro de Cartografia Histórica (UMBELINO, 2009).

De acordo com Menezes (2014), a reconstrução de bases cartográficas históricas vem se constituindo como uma promissora estratégia para compreender o processo de a dinâmica de ocupação tanto espaciais (geográfico) como temporais (histórico). Os resultados são reconstituição de importantes documentos que podem ser utilizados de inúmeras maneiras em diversas áreas do conhecimento, além de preservação do patrimônio histórico cartográfico.

Assim, este trabalho tem os seguintes objetivos principais: apresentar uma proposta de cartografia digital reversa da cidade de Belém para gerar bases cartográficas digitais, em escalas e precisões compatíveis com aplicações temáticas. Como objetivos secundários a atingir, são estabelecidos metas: Preservar o patrimônio histórico cartográfico; desenvolver um estudo reverso das divisões administrativas da cidade, associado à sua cartografia; estabelecer uma ligação entre informações temáticas comuns entre as bases cartográficas e informações disponíveis em fontes oficiais e não oficiais; apresentar as bases cartográficas em diversos formatos gráficos e disponibilizarem os resultados para público.
 

2. Metodologia

Para o estudo, os métodos utilizados para análise podem ser caracterizados como analógicos e digitais. Dentre os métodos analógicos, destacam-se a análise visual, para a ambientação com os elementos representados nos dados cartográficos históricos, podendo-se obter informações do mesmo, a partir da observação de detalhes contidos, como: características gerais do documento, ambientação e familiarização com o documento; percepção de detalhes e informações contidas no documento, identificação de pontos notáveis para controle e extração das características básicas do documento.

No método digital tem-se às análises espaciais realizadas com base na digitalização matricial (rasterização/vetorização); validação com o documento original; georreferenciamento das bases históricas, definição de um sistema de coordenadas e projetivo; definição de pontos de controle (mapa histórico e mapas atuais) entre outros.

A partir daí, a metodologia se divide em três fases, como pode ser observada no fluxograma da figura 1.
 
 
Fase 1: A primeira fase procura atender aos objetivos desde a aquisição até o pré-processamento dos dados selecionados como: Aquisição de dados bibliográficos, cartográficos, geográficos e históricos, englobando material de nível nacional e internacional, através de contato com universidades, bibliotecas, internet, organizações governamentais e não-governamentais, dados tabulares, fotografias, informações cartográficas e quaisquer outras sobre o tema da pesquisa em andamento.

Fase 2: Escolha dos documentos a serem estudados onde dar-se-á  início ao processo de digitalização, georreferenciamento e vetorização dos mesmos, através do Sistema de Informação Geográfica Quantum Gis 2.4, versão “Chugiak”.

Fase 3: Confecção do produto final, especializar e analisar a reconstituição dos períodos de grandes modificações do limite administrativo e da paisagem na cidade de Belém, através das bases cartográficas históricas vetorizadas.

 
3. Resultados

As fases estabelecidas possibilitou a concretização de uma base cartográfica digital, vide Figura 2, contudo é necessário um levantamento minucioso de mapas históricos que abrangessem a região estudada, assim como a aquisição de fontes histórica que pudessem servir de arcabouço para a análise espaço-temporal, como nos aspectos culturais e sociais sobre a cidade em 1989.

Com os arquivos digitais foi possível calcular, por exemplo, a área do delta da planta da cidade de Belém. Em 1989 Belém possui 407,31 Km² (área cor rose escura). A planta de 1989 de Belém possui duas áreas bem distinta destacadas (cor róseo claro) de nominada de Terrenos Baixos, uma ao norte e outra a sudeste, com 58.79 Km² e 96,45 Km² respectivamente.

A malha viária da Planta da cidade de Belém 1989 possui 384,84 Km de extensão. A Estrada dos Mundurucus é o maior eixo viário com 6.737 km e Rua Carlos Gomes é o menor eixo viário com 241 metros. A soma dos eixos viários nomeados em 1989 é de 163,30 Km.

As áreas verdes e praças representadas na planta de 1989 somam 127,29 hectares e tendo a maior área verde tem o valor de 18,91 hectares.
 
Figura 2: Resultado com arquivo “raster” e o arquivo vetor (ponto, linha e polígonos) da Planta da Cidade de Belém 1899. Fonte: Elaborado pelo autor.
 
As áreas resultantes do processo de vetorização são importantes arquivos de consulta e referência e podem ser utilizados de inúmeras maneiras em diversas áreas do conhecimento, pelos estudiosos do assunto. Com o armazenamento dos dados da cartografia histórica de Belém em um banco georreferênciado, é possível, de acordo com Silva (et. al., 2010), sua utilização em diversas outras pesquisas; processamento das informações para gerar outros produtos, desde mapas até análises mais complexas; recuperação de documentos de inestimável valor para a comunidade acadêmica afim e sociedade como um todo, sendo um bem cultural.
Pode-se identificar o processo de surgimento dos novos bairros nas áreas de baixadas, que eram sujeitas a alagamento e ocupadas pela população de baixa renda, dos arruamentos que cresceram ao longo dos séculos e principalmente os processos de intervenções urbanas da cidade de Belém cartografados permitindo a conservação da memória dos traçados da cidade até os dias de hoje.
Segundo Fernandes (2010), o traçado urbanístico históricos permite o diagnóstico da modernização da cidade compatível com a introdução dos novos serviços de infraestrutura urbana, como as linhas de bondes elétricos, redes de abastecimento e de esgotos, etc.
Observa-se um ganho expressivo de informações, permitindo uma melhor compreensão e interpretação das diversas informações representadas nos documentos históricos da planta da cidade de Belém de 1989, vide Figura 3.
 

  Figura 3: Resultado final de vetorização da Planta da cidade de Belém de 1989. Fonte: Elaborado pelo autor.
Agora as pesquisas sobre as ruas de Belém e os significados histórico de suas ruas e denominações podem ser intensificadas através da Obra de Ernesto Cruz e dos historiadores paraense que acompanharam e registraram o processo de crescimentos da cidade. Pode-se também desenvolver estudo do processo de ocupação dos novos bairros, observando o processo de crescimento ordenado e regular e as transformações na forma urbana e dos limites administrativos.
Os mapas históricos são excelentes arquivos temporais, atuando como se fossem arquivos de época, pra um determinado espaço geográfico, fornecendo subsídios para o posicionamento correto do espaço no tempo, permitindo assim a recuperação de informações de época, estabelecendo a caracterização de estudos evolutivos sobre tendências de ocupação e uso do solo e da paisagem em geral. (MENEZES et al., 2005). 
Muitos são os desafios da completa execução do método aqui proposto e que este possui limitações, mas acredita-se que a metodologia pode ser utilizada, podendo ser aperfeiçoada de acordo com as informações existentes em cada carta, mapa e planta da cidade de Belém.
Foi possível mostrar o papel das ferramentas de geoprocessamento no campo da cartografia histórica que assumem cada vez mais destaque e importância. Igualmente necessário torna-se ter cuidados básicos ao manusear essas ferramentas, como nos processos de simbolização, extração, entre outros mostrados no corpo deste trabalho. Após o término do trabalho a cidade de Belém terá uma base cartográfica digital Histórica, sobre infraestrutura, unidades e divisões territoriais, equipamentos e mobiliários urbanos, além de elementos naturais de época.
No Anexo I, observa-se a Planta da cidade de Belém de 1989 digitalizada e vetorizada os terrenos de baixadas, as linhas de bondes elétricos, Estrada de ferro Belém-Bragança, ruas, travessa, estradas, edificações, praças, área verdes e outros.
 
Figura 3: Resultado final da Planta da cidade de Belém de 1989. Fonte: Elaborado pelo autor.
 
O segundo dia da Semana do Patrimônio Paraense 2014 iniciou na manhã do dia 05/11
 
Leonardo dos Santos apresentou "O usos da ferramenta SIG na cartografia histórica da cidade de Belém do Pará": http://casaraodememorias.blogspot.com.br/2014/11/spp-2014-imagens-do-segundo-dia-0511-da.html
 
 
 
 
Bibliográficas
Ernesto Horácio Cruz - Ruas de Belém, Significado Histórico de suas denominaçõeshistoriador paraense. Conselho Estadual de Cultura. Belém - Pará. 1970. 163 págs.
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[1] Engenharia Cartográfica e de Agrimensura. Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA. leonardocbmpa@yahoo.com.br. Projeto de pesquisa em nível de mestrado apresentado ao processo seletivo do Programa de Mestrado em Geografia da Universidade Federal de Pará.
[2] Engenheiro Ambiental. Doutorando do Programa de Planejamento Ambiental da Universidade Federal do Rio de Janeiro – COPPE/UFRJ.

Representações Cartográficas

Globo - representação esférica, em escala pequena, dos aspectos naturais e artificiais de uma figura planetária, com finalidade ilustrativa.

Mapa - representação plana, em escala pequena, delimitada por acidentes naturais ou políticos-administrativos, destinada a fins temáticos e culturais.

Cartas - representação plana, em escala média ou grande, com desdobramento em folhas articuladas sistematicamente, com limites de folhas constituídos por linhas convencionais, destinada a avaliação de distância e posições detalhadas.

Planta - tipo particular de carta, com área muito limitada e escala grande, com número de detalhes consequentemente maior.

Mosaiso - conjunto de fotos de determinada área, montadas técnica e artisticamente, como se o todo formasse uma só fotografia. Classifica-se como controlado, obtido apartir de fotografia aéreas submetidas a processos em que a imagem resultante corresponde à imagem tonada na foto, não controlado, preparado com o ajuste de detalhes de fotografia adjacentes, sem controle de termo ou correção de fotografia, sem preocupação com a precisão, ou ainda semicontrolado, montado combinando-se as duas características descritas.

Fotocarta - Mosaico controlado, com tratamento cartográfico.

Ortofotocarta - fotografia resultante da transformação de uma foto original, que é um perspectiva central do terreno, em uma projeção ortogonal sobre um plano.

Ortofotomapa - conjunto de várias ortofotocartas adjacentes de uma determinada região.

Fotoíndice - montagem por superposição das fotografias, geralmente em escala reduzida. É a primeira imagem cartográfica da região. É o insumo necessário para controle de qualidade de aerolevantamentos utilizados na produção de cartas de método fotogramétrico.

Carta Imagem - imagem referênciada a partir de pontos identificáveis com coordenadas conhecidas, superposta por reticulado da projeção

Revista Geografia, Conhecimento Prático, n 23, p 54. ed. Escala